quinta-feira, 1 de março de 2012

As imagens não mentem. Basta dar uma olhada nas fotos dos personagens que enfeitam a capa da edição do caderno de esportes da Folha nesta quinta-feira.
Os figurinos, os penteados e as fachadas dos 27 cartolas estaduais flagrados na reunião secreta que selou por unanimidade a permanência do ditador Ricardo Teixeira no comando da CBF são um retrato revelador da realidade do futebol brasileiro.
A impagável (literalmente) tropa de choque Teixeira lembra personagens de filme de época, da época das pornochanchadas, tempos passados em que o nosso futebol dava orgulho e não vergonha, como tem acontecido ultimamente.
O trabalho do fotógrafo Daniel Marenco, da Folhapress, vale mais do que mil palavras de comentaristas e blogueiros.
Não precisaria dizer mais nada, mas cabe registrar: por incrível que pareça, não corremos o risco de ver a situação melhorar tão cedo. Ao contrário, pode piorar ainda mais, caso Teixeira se afaste da entidade mais adiante por problemas de saúde, como é bem provável.
Na mesma reunião do "fico" de Ricardo Teixeira, foi decidido que, em caso de licença do titular, assume o vice-presidente mais idoso, o nosso inesquecível José Maria Marin, venerando ex-governador de São Paulo aliado a Paulo Maluf.
josé maria marin ok A impagável tropa de choque do ditador Teixeira
José Maria Marin/Gazeta Press
Poucas semanas atrás, depois de um proveitoso ostracismo, Marin voltou às manchetes ao ser flagrado na cerimônia de premiação dos jogadores do Corinthians, campeões da Copa São Paulo de 2012, no exato momento em que afanava uma das medalhas e a enfiava discretamente no bolso.
Poderia ter um substituto pior para Ricardo Teixeira?
(Blog do Ricardo Kotscho)

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