Estive hoje, juntamente com uma comissão de moradores que residem nas áreas que serão atingidas pelo projeto Portal da Amazônia, reunido no Escritório de Gestão Sócio Ambiental (EGSA), do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (PROMABEN), pedindo esclarecimentos sobre o projeto e as consequências que este trará para os moradores. A reunião contou com a presença da Secretária Geral do Promaben, Suely Sawaki.
Infelizmente a Sesan e a Seurb não dialogam com a população, deixando-a amedrontada. Em uma das audiências públicas que realizamos, a própria Secon afirmou desconhecer o projeto, e a Sesan não compareceu em todas as audiências. Precisamos saber como o Porto da Palha e o Porto do Açaí vão ficar. Pra onde as famílias serão remanejadas? Haverá área de lazer? Onde? Outro questionamento é em relação ao valor das indenizações oferecidas pela prefeitura, que estão muito abaixo do mercado. Ninguém consegue comprar uma casa com apenas 3 mil reais.
O senhor Antônio Silva, morador da Avenida Bernardo Sayão, lamentou o fato da secretária Suely Sawaki afirmar que nenhuma alteração poderá ser feita ao projeto, impondo condições aos moradores. “Vim na esperança de poder colaborar com o projeto. Estamos aqui para negociar, vocês não pode impor as coisas sem escutar a população. Nos sentimos excluídos”, indignou-se.
A prefeitura está olhando apenas a questão financeira, mas há impactos sociais irreversíveis nesse projeto. A maioria das famílias reside há anos na área, já construíram relações, e tudo isso deve ser levado em consideração. Se o diálogo for aberto, muita coisa será sanada. Todo mundo quer ter a oportunidade de discutir e ajudar a encontrar soluções.
Morador se diz excluído do projeto |
A especialista social do Promaben, Cristiane Borges, afirmou que a avaliação das casas é feita com base na tabela PINI, e que se baseia nas benfeitorias e não no terreno, pois o este pertence à União, por serem Terras de Marinha. Ainda de acordo com Borges, o metro quadrado muda de valor dependendo do acabamento da construção. E a questão social, como fica?
Agendamos para o próximo dia 28 uma nova reunião, desta vez com a presença dos três órgãos responsáveis pelo projeto: PROMABEN, SESAN e SEURB. Vamos tentar garantir que os direitos dos moradores sejam assegurados, inclusive o da participação efetiva no projeto. A secretária Suely Sawaki se comprometeu em apresentar o projeto de forma mais dinâmica. Propus aos moradores que eles realizassem reuniões separadas com a área social e a área técnica do projeto, permitindo um debate mais ampliado no dia 28. Governar sem o povo: quanta insensatez.
Interessante a iniciativa Vereador.03 Portos Públicos serão impactados pelo Projeto:O Porto da palha,o Porto do açaí e o Santa Izabel.E não tem previsão desses Portos virem a se agregar no projeto.Vai impactar diretamente nos Portos onde a população tira sua subsistência,no trabalho e comercialização da população que habita aquela área e que transita entre Belém e cidades do interior.
ResponderExcluirJá trabalhei neste projeto e sei de muita coisa errada que acontecia e que ainda acontece por lá, é uma pena, mas é assim mesmo eles não dão a mínima pro impacto social.E as benfeitorias tem realmente um valor muito baixo,e digo mais,as avaliações dos imóveis foram feitas por estagiários de engenharia, arquitetura e outros que não tem relação alguma com a área de construção.
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