sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lula defende meia entrada para os jogos da Copa de 2014

Nenhum país do mundo vai deixar a sua soberania para atender interesse dela ou daquela entidade, seja ela qual for, disse o ex-presidente


A tramitação da Lei Geral da Copa, recebida com resistência pela Fifa por liberar a venda de meia entrada, entre outros pontos, é uma questão de soberania na opinião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele está em Londres, onde participou de um seminário nesta sexta-feira (30).
“Acho que é muito difícil que a Fifa resolva ter uma discordância de um projeto de lei aprovado de forma soberana pelo Congresso Nacional. Nenhum país do mundo vai deixar a sua soberania para atender interesse dela ou daquela entidade, seja ela qual for. Temos que assumir um compromisso com o mundo esportivo e o Brasil, que conhece futebol, e vai fazer a melhor Copa do Mundo que puder ser feita. O resto a Fifa deixa com o Brasil, que sabe fazer.”
O projeto, que ainda será votado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, cria uma legislação especial para regular, entre outros pontos, a cobrança de meia entrada nos estádios e os direitos comerciais da venda de produtos e imagens.
Lula chegou em Londres na quinta-feira (29), quando fez uma palestra para investidores estrangeiros durante encontro do grupo espanhol Santander. Nesta sexta, ele participou de uma conferência promovida pela revista “The Economist” sobre as possibilidades de investimento em mercados como o Brasil e a Índia. Esse é o seu último compromisso antes de embarcar de volta para o Brasil nesta sexta, após uma semana participando de eventos nos Estados Unidos e na Europa.
A viagem internacional do ex-presidente começou na sexta passada (23), quando foi a Washington (EUA) dar também uma palestra. Em seguida, viajou a Paris, onde, na terça, recebeu o título de doutor honoris causa do Instituto de Estudos Políticos (SciencesPo, na sigla em francês), o maior da França. Na quinta-feira (29), pela manhã, Lula esteve em Gdansk, na Polônia, onde se encontrou com Lech Walesa, ex-presidente polonês, sindicalista e prêmio Nobel da Paz, para receber um prêmio “em reconhecimento aos seus esforços para conseguir uma cooperação pacífica e a compreensão entre as nações (...) e por sua contribuição para redução da desigualdade social”, segundo nota da fundação Lech Walesa.

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