O esquartejamento do território paraense tende a exacerbar o coronelismo dos mentores dessa ideia, explico melhor, dos três estados resultantes da divisão, o Pará remanescente é o que vai ficar com o menor território-235.532 quilômetros quadrados e 78 municípios; enquanto Tapajós terá apenas 27 municípios em um território quase três vezes o tamanho do Pará-722.358 quilômetros quadrados; enquanto Carajás, com 39 municípios, terá cerca de 50 mil quilômetros quadrados a mais que o território paraense remanescente.
Ora, diante do histórico político dos líderes separatistas, alguém tem dúvidas que o passo seguinte à criação de mais dois estados será uma verdadeira indústria de criação de municípios, a fim de acomodar um número nada desprezível de lideranças que precisam ter máquina pública para garantir essa posição de comando?
Pior, no caso do Tapajós é provável até o surgimento de um outro movimento separatista, na perspectiva de criação de um outro estado, que teria mais ou menos o tamanho do Pará remanescente. Evidentemente, sem fazer essa conta futura ou estabelecer garantias de que, em um período mínimo de dez anos, não será criada mais nenhuma unidade federativa na região. Com isso teríamos até condições de avaliar a firmeza de certas convicções separatistas diante da austeridade exigida no trato da coisa pública.
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