quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Desenvolvimento para todos e todas

Após a decisão de ontem do STF, determinando que o eleitorado de todo o território paraense tem direito a voto no plebiscito a respeito da criação de novos estados, a tendência predominante do voto "não" ficou mais fortalecida, em função da maior concentração de eleitores encontrar-se no território que ficaria  remanescente. Logicamente que não se pode antecipar o resultado antes da consulta realizar-se, porém, ninguém é ingênuo a ponto de ficar em cima do muro diante das evidências.
No entanto, insisto que esse processo de debates, muito mais do que ficar concentrado em argumentos prós e contras a divisão, deve ser um momento de profundas reflexões  e pactuações a respeito do pós plebiscito. O governador do estado, por exemplo, eleito pelo conjunto do eleitorado paraense, não tem o direito de confundir omissão com pose diplomática como se não tivesse nada a ver com o que se vai decidir. É preciso que ele venha a público e fale claramente, não através de linguagem enigmática, aquilo que pensa. Seja contra ou a favor.
Da mesma forma, seja qual for o resultado, deve expor um plano que garanta a continuidade do funcionamento do estado. Se, menor, quais as parcerias que pretende fazer para compensar perdas terríveis que o Pará fatalmente terá; mantida a integridade, deve dizer a todos os paraenses, independente de como votaram, que seu governo assume o compromisso de olhar por todas as regiões, inclusive a Região Oeste, onde foi bem votado, mas lá só compareceu para fazer média com a classe política pró divisão. De concreto apenas o funcionamento de umas máquinas de hemodiálise, por sinal, que já deveriam estar em atividade há muito, não fossem trapalhadas administrativas verificadas na SESPA, durante o governo anterior.
Deve, urgentemente, arregaçar as mangas e trabalhar para que os serviços de construção da ALPA retornem ao seu ritmo normal na medida em que isto é fundamental para aquela região, já que agregará valor ao nosso minério e permitirá que fábricas se instalem, gerando emprego e desenvolvimento à população do sudeste do estado.
Deve, também, usar do peso do seu cargo para somar forças aos entes que pretendem que a alíquota da contribuição sobre extração mineral passe de 2% para 4%, bem como pela criação de uma alternativa legal que beneficie todos os municípios do entorno, ao contrário do que ocorre atualmente, quando só os que têm mina recebem royalties.
Enfim, penso que há muito a fazer no que diz respeito à criação de políticas de longo prazo a partir do plebiscito de dezembro próximo. De minha parte, encaminharei meus posicionamentos nos debates que participar com os segmentos mobilizados a partir do meu mandato de vereador nessa direção. na certeza de contribuir para que se tenha um bom debate, pois só deste chegaremos às soluções justas. Sem politicagem, despido daquela postura dissimulada  que está sempre com um olho no padre e outro na missa. Não que políticos não devam usar de seus prestígios para futuros voos , mas é preciso ter em mente que o momento exige outra atitude. Defesa da nossa integridade geopolítica e defesa do desenvolvimento econômico com justiça social e respeito ao meio ambiente.

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