O compromisso com o jornalismo isento, assumido 6ª feira última pela Rede Globo, parece ter surgido a partir da denúncia do repórter Rodrigo Vianna, que teria recebido um telefonema de um jornalista daquela emissora revelando que a Globo ia mover uma campanha contra o recém nomeado ministro da Defesa Celso Amorim. Como o tema dominou a blogsfera, então, o jornalismo global defendeu-se assumindo publicamente que irá pautar-se por padrões diferentes dos até aqui assumidos.
Vista com desconfiança, historicamente a emissora da família Marinho apoiou a ditadura militar, tentou tirar no tapetão a vitória que Leonel Brizola conquistou nas urnas, em 1982, para o governo do Rio de Janeiro e seu jornalismo editou de forma escancaradamente tendenciosa o debate entre Lula e Collor, proclamando este vencedor e influenciando no resultado das primeiras eleições presidenciais pós ditadura; sua postura terá que mudar radicalmente para readquirir a confiança perdida, apesar da inconteste liderança, a Globo tem perdido sistematicamente audiência, conforme atesta o insuspeito IBOPE.
Por isso, ainda é muito cedo para acreditar que tal mudança de hábito é pra valer. Se for, será muito bem vinda e representará, acima de tudo, um diferencial em relação aos maiores veículos de comunicação do país, exceto a revista Carta Capital e a Rede Record, todos os demais fizeram oposição sistemática ao governo Lula e fazem ao governo Dilma. Que o bom jornalismo triunfe e entre definitivamente em um nova fase em respeito à sociedade brasileira.
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