quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Perdemos muito tempo

Segundo o site da revista Carta Capital, se o Brasil tivesse um sistema de transporte igual ao do Canadá, com a integração racional entre rodovias, ferrovias e hidrovias. Caminhões operando distâncias curtas e médias, enquanto ferrovias e hidrovias ficariam nos troncos das grandes distâncias; em vinte e cinco anos dobraríamos nosso PIB, ou seja, um acréscimo de R$3,6 trilhões ao que é hoje.
 Ainda, segundo esse estudo, seriam arrecadados mais de R$600 bilhões em impostos, uma economia de R$30 bilhões em manutenção de rodovias, economia de R$800 bilhões em fretes para as empresas, seriam poupadas cerca de 360 mil vidas que se perdem nas rodovias brasileiras, seriam economizados R$600 bilhões no consumo de óleo diesel, além de evitar-se a emissão de 800 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera e seriam gerados 30 milhões de empregos, espalhados em centenas de cidades.
O melhor de tudo é que bastaria, para se chegar a esses resultados, uma injeção de R$40 a R$60 bilhões, nos próximos dez anos. Já pensou se os governos que vieram após a ditadura militar tivessem feito sua parte e rompido com esse nefasto modelo exclusivamente rodoviário que os militares nos impuseram? Certamente estaríamos em um estágio bem mais avançado e o governo Lula não teria que partir praticamente do zero.

Financial Times: Dilma deve combater a burocracia no Brasil

O combate à corrupção no Brasil não depende apenas da troca de funcionários envolvidos em acusações, como vem fazendo a presidente Dilma Rousseff (PT), mas requer também um combate à burocracia que dá margem à corrupção, na avaliação de editorial publicado nesta quarta-feira pelo diário econômico britânico Financial Times. O jornal observa que Dilma teve "três meses desconfortavelmente atribulados" com a perda de três de seus ministros em meio a denúncias de corrupção e afirma que a postura inflexível da presidente sobre a corrupção é "um abandono bem-vindo da atitude permissiva que caracterizou a política brasileira por muito tempo".

O editorial avalia ainda que a atitude de Dilma é também "mais um sinal de que ela está imprimindo a sua própria autoridade sobre o governo que herdou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva". O Financial Times cita uma estimativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de que a corrupção custa ao País cerca de 2% do PIB e diz que "para o Brasil atingir seu potencial econômico, a corrupção precisa ser combatida com vigor".

A favor
O jornal comenta que Dilma tem vários fatores a seu favor no combate à corrupção. "Seus índices de aprovação são bons. Sua maioria no Congresso é suficientemente grande para sobreviver à deserção de partidos menores. E talvez o mais importante, o milagre econômico brasileiro criou uma crescente e ruidosa classe média para quem o combate à corrupção é uma questão importante. Ela não deve desanimar", diz.

Para o Financial Times, no entanto, Dilma "precisa mais do que novos funcionários". "Ela precisa também combater a burocracia excessiva que simplesmente alimenta a corrupção. Uma reforma tributária mais vigorosa seria um bom lugar para começar", afirma o texto. O editorial cita uma estimativa do Banco Mundial de que as empresas brasileiras gastam 2.600 horas anuais para formular suas declarações de impostos e observa que "enquanto o cumprimento das leis empresariais no Brasil for tão complicado, funcionários corruptos serão sempre capazes de fazer um dinheiro rápido em troca de favores".

Para o jornal, além de ajudar no combate à corrupção, uma reforma tributária teria também o efeito de melhorar a competitividade da economia brasileira e poderia ajudar a evitar os efeitos negativos de uma possível queda nas cotações das commodities.BBC Brasil

Artigo: Estatuto do PT: O desafio da militância no Século 21, por Leonardo Cunha de Brito

Entrando na segunda década do século 21, o debate acerca do Estatuto do PT e as novas dimensões de participação partidária não poderia jamais deixar de entrar em pauta em nosso Congresso Extraordinário.


Nesse sentido, o PT, enquanto partido socialista, democrático, sustentável e de massas, deve refletir profundamente sobre um instrumento político que vem sendo muito importante para nossa consolidação nos últimos anos: a incorporação do espaço da internet enquanto mecanismo de participação na esfera pública no quadro organizativo de um partido como o PT.
O PT nasceu com a marca da ousadia, da diversidade e da radicalidade democrática. Essa postura inovadora veio emprestar à nascente democracia brasileira a noção de que a vida política se faz com um profundo protagonismo social e a partir do papel que cada militante tem para construção de nossa hegemonia na sociedade. Assim, dentre as instâncias previstas no Estatuto do PT, temos o Congresso, os Encontros, as Direções, as Secretarias, Setoriais e os Núcleos de Base. Estes últimos, quando da fundação de nosso partido, representaram uma grande inovação, em face de seu caráter descentralizado e do compartilhamento de responsabilidades. Sem dúvidas, foram importantíssimos para sedimentarem todos os avanços que tivemos nos últimos 31 anos. Neles, o PT se organizou em bairros, em locais de trabalho, em ruas, por temas específicos, o que ajudou para o enraizamento e massificação do partido.
Contudo, o sistema de organização por núcleos vem, ao longo do tempo, enfraquecendo-se e perdendo seu caráter de horizontalidade e até mesmo a sua capacidade de mobilizar e organizar a militância. A velocidade da vida moderna, a burocratização excessiva dos núcleos, a sua apropriação por estruturas de mandato,a sua subvalorização pelas direções e a transformação paulatina do PT em mais um partido de quadros que de massas, dentre outros fatores,  praticamente criaram uma obsolescência dos núcleos de base. Após a rica experiência do PT e a intensificação desses processos burocráticos, um amplo expectro da intelectualidade vem a questionar a dimensão de massas dos partidos políticos, destacando sempre os novos movimentos sociais (NMS), esses sim, como espaços de participação efetiva e atrativos, sobretudo aos mais jovens. Tudo isso, unido a uma verdadeira satanização da política e à tentativa de homogeneizar negativamente os partidos políticos, representam um desafio permanente para o PT.
Recente pesquisa feita pelo Datafolha, em parceira com a agência de publicidade Box, mostra que os jovens brasileiros, descontentes com as instituições políticas tradicionais, consolidaram a internet como instrumento alternativo para mobilização social. Para 71% dos entrevistados, é possível fazer política usando a rede sem intermediários, como os partidos. Esse dado mostra de forma clara que se os partidos políticos não criarem instrumentos internos de participação efetiva e desburocratizada e não incorporarem as redes sociais como instâncias de atuação, teremos um verdadeiro rompimento geracional, muito prejudicial para o fortalecimento e sustentabilidade política dos partidos como instrumentos da luta política no país. O PT precisa atentar, logo, para essa realidade.
Nesse sentido, encaminhei emenda à Comissão de Reforma Estatutária, incorporando os coletivos das redes sociais na internet como instâncias partidárias, tendo natureza e funcionamento semelhantes ao dos Núcleos de Base, resguardadas suas particularidades. Existem resistências grandes a essa abertura e um certo receio de que o debate interno seja escancarado na internet. Contudo, quem usa a internet sabe que tais coletivos são administrados, podem ser devidamente moderados e ficar invisíveis a não-membros. Ademais, os atuais Núcleos de Base, inclusive, podem contar com a participação de não filiados. As novas instâncias funcionariam, portanto, como importantes instrumentos de participação da militância.
Em um momento em que o nosso governo trabalha para universalizar o acesso à Internet, com o Plano Nacional de Banda Larga; em que governos, como o do Rio Grande do Sul, criam experiências como o Gabinete Digital, o PT não pode fugir desse debate. Como organizar um partido que pretende ter mais de 5 milhões de filiados sem lançar mão de mecanismos flexíveis e menos caros de interação como a internet?
Eis o grande desafio. Creio que, sobretudo a juventude do PT e os companheiros dos diversos movimentos não só ligados à luta pela democratização da internet, como os demais movimentos, devam encampar essa bandeira para colocar o PT definitivamente no século 21.
Leonardo Cunha de Brito, presidente estadual do PT/AC e delegado do 4º Congresso do PT

terça-feira, 30 de agosto de 2011

25ª Festividade de Nª Srª das Graças


Vereador Marquinho e Arcebispo Emérito de Belém, Dom Vicente Zico
Hoje (30) aconteceu a Missa da 25ª Festividade de Nossa Senhora das Graças, no Ginásio de Esporte do Centro Comunitário Allan Kardec. A programação iniciou no último sábado (27) e vai até o dia 04 de setembro. O encerramento será realizado com uma grande procissão que sairá da igreja matriz São Judas Tadeu e vai até a quadra do Centro Comunitário Allan Kardec, com celebração da missa de encerramento. 
Missa foi rezada pelo Arcebispo Emérito Dom Vicente Zico
A organização religiosa da festividade é realizada pelo Núcleo de Evangelização Nossa Senhora das Graças, e a organização social está sendo comandada pela diretoria do Centro Comunitário Allan Kardec, através do senhor Odracir (Canhoto) e pela diretoria da área social, tendo à frente o companheiro Jair Quaresma. 

A missa foi rezada pelo Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Belém, Dom Vicente Zico, e contou com a presença do Vereador Marquinho, ex-presidente do Centro Comunitário Allan Kardec.

Marquinho reúne com moradores da Travessa Apinajés


Marquinho explica o que será necessário para cancelar projeto de lei
Recentemente foi aprovado na CMB projeto de lei de autoria do vereador Gervásio Morgado (PR) mudando o nome da travessa Apinajés para Jerônimo Rodrigues. Sem ser consultada pelas autoridades, a população está indignada com a mudança e solicita a volta do antigo nome da artéria.

Os vereadores Marquinho e Alfredo Costa, que votaram contra a mudança do nome da via, reuniram hoje com os moradores do bairro da Condor para dar os encaminhamentos necessários ao processo de cancelamento do projeto de lei.
Vereador Alfredo Costa, senhor Coutinho e Vereador Marquinho
Moradores de diversos quarteirões ligados à atual Travessa Jerônimo Rodrigues compareceram à reunião e disseram estar inconformados com a situação. “Essa mudança é horrível. Apinajés, Tupinambás, Vitória, Iracema, entre outros, são nomes indígenas, que contam a nossa história, nossa cultura. Não fomos consultados pela prefeitura, por ninguém. Queremos o nome “Apinajés” de volta”, afirmou Luzia Cordeiro, moradora da travessa há mais de 48 anos.
Vereadores são recebidos pelos moradores na Travessa Apinajés
Segundo o vereador Alfredo Costa (PT), a votação na CMB foi irregular e o há a possibilidade de cancelamento do projeto (de lei). “Estamos acampando essa luta junto com o Vereador Marquinho que é morador do bairro e conhece as necessidades de vocês. Não temos nada contra os empresários, mas o nome ‘Apinajés’ tem um significado importante para a história de Belém. O prefeito Duciomar Costa não tem que se preocupar com mudanças de nomes de ruas, ele tem que asfaltar, drenar, colocar a unidade de saúde pra funcionar. Podem contar com o nosso apoio”, disse.
Marquinho escuta lamentações da população
Os moradores afirmaram que as correspondências pararam de chegar e que haverá resistência ao novo nome até onde for possível. A indignação da comunidade é tamanha, que as placas com o novo nome da travessa foram todas retiradas, demonstrando total repúdio ao projeto de lei.

“Isso aqui era só igapó. Mudar de nome é besteira, ao invés de fazerem isso deveriam resolver o problema do alagamento do nosso bairro. Basta cair uma chuva pequena que ficamos ilhados nas nossas casas cheias de águas, estragando os nossos móveis, a nossa moradia”, falou dona Guiomar Tavares, moradora há mais de 70 anos da travessa Apinajés.
Flagrante: lixos, entulhos e alagamento na Travessa Apinajés. Uma vergonha.
O Vereador Marquinho iniciou a sua fala informando que no dia da votação do projeto de lei, ainda tentaram convencer o então presidente da CMB, vereador Walter Arbaje, a realizar uma audiência pública com os moradores da travessa Apinajés, na intenção de consultar a comunidade, mas nada adiantou. “Não podemos deixar que nossa história seja apagada. A ideia é colher o máximo de assinaturas no bairro e semana que vem marcamos com o presidente Raimundo Castro para receber das mãos de vocês o abaixo-assinado”, informou o vereador.

Para o senhor Coutinho, descendente dos índios Apinajés, essa atitude demonstra o nível de discriminação da prefeitura com o povo indígena. “Além de eliminarem as tribos querem também acabar com a nossa história. Isso é uma falta de respeito com a população e com a nossa cultura. Eles devem limpar os bueiros, pois a cada chuva passamos por sufocos enormes”, indignou-se.

Vereador cobra melhorias para a saúde de Belém e do Pará


Na sua fala de hoje (30) na tribuna João Marques, da Câmara Municpal de Belém, o Vereador Marquinho criticou o posicionamento do Governo do Estado do Pará em relação às mortes que estão ocorrendo na Santa Casa. O parlamentar cobrou soluções urgentes para o caso, afirmando que o governo Jatene está inativo, inerte. 

“O governador Simão Jatene retirou o caso das mãos da delegada Perpétua, porque será? Essa atitude soou estranha. Aliás, cadê os senadores Flexa Ribeiro e Mário Couto? Já passou da hora do governo Jatene deixar de emitir factóides e começar a trabalhar”, indagou Marquinho.

O vereador informou que, como presidente da Comissão de Saúde da CMB, vai fazer uma visita à Santa Casa e convidou os demais vereadores. Disse também que na próxima sexta-feira (02), às 9h00, vai visitas as unidades de saúde dos bairros da Providência e CDP, a pedido dos moradores. 

“Quero aqui também informar aos senhores que acabei de reunir com membros da Associação dos Renais Crônicos do Pará e eles informaram que a Prefeitura de Belém ainda não desencaixotou as seis máquinas de hemodiálise que foram adquiridas. É um absurdo o município não ter uma única máquina sequer em funcionamento. Devido a isto, assumi o compromisso de visitar os pronto-socorros da capital semana que vem”, disse o Vereador Marquinho.

PT é contra!

Para dissipar dúvidas deixadas no ar por noticiário maldoso, na condição de líder do Partido dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Belém deixo claro que nossa bancada é contra o projeto do prefeito Duciomar Costa que cria o novo marco de coleta, destinação e tratamento dos resíduos sólidos da Região Metropolitana de Belém.
Qualquer afirmativa, ou até mesmo insinuação, em contrário ao que afirmamos nossa bancada considera manobra escusa visando beneficiar outros interesses, tudo indica, tão suspeitos quanto os que movem o prefeito da capital.

Projeto de lei regulamenta uso de energia solar no Brasil

“Se o consumidor gerar mais energia e zerar a conta, o crédito acumula para as próximas contas até seis meses. A partir de então, o consumidor pode optar por receber o valor acumulado em moeda corrente”, relata o deputado Pedro Uczai.


O deputado federal Pedro Uczai (PT/SC) apresentou o Projeto de Lei (PL) 1859/2011, que regulamenta a inserção de Sistemas Fotovoltaicos na matriz energética brasileira. O projeto de lei pretende, a exemplo de Portugal, instituir no país um sistema de medição e venda de energia, que além da possibilidade de gerar parte da energia que consome, o consumidor poderá vender o excedente a concessionária de energia da sua região.

Segundo a proposta do PL, a energia é paga através de crédito na conta de energia. “Se o consumidor gerar mais energia e zerar a conta, o crédito acumula para as próximas contas até seis meses. A partir de então, o consumidor pode optar por receber o valor acumulado em moeda corrente”, relata o deputado Pedro Uczai.

O projeto prevê ainda incentivos aos financiamentos de imóveis com sistemas fotovoltaicos, propondo mudanças na lei 11.977/2009, no seu artigo 82. “Os recursos do Sistema Financeiro da Habitação somente poderão ser utilizados para o financiamento da construção ou aquisição de imóveis residenciais novos que possuam sistema termossolar de aquecimento de água”, diz o projeto.

Pedro Uczai destaca que a utilização da energia solar para o aquecimento de água não enfrenta maiores desafios tecnológicos e apresenta viabilidade econômica. “A disseminação precisa necessariamente de um impulso, em especial no financiamento da aquisição e instalação dos equipamentos necessários. Este é um dos objetivos do nosso projeto”, destaca.

Uma das vantagens dessa forma de captação de energia seria a de substituir o consumo energético em aparelhos elétricos, a exemplo do chuveiro, que passaria a usar energia totalmente limpa. “Essa substituição além de desafogar o sistema elétrico nos horários de pico garante economia nas despesas familiares”, cita Uczai ao garantir que a captação de energia solar vai reduzir a necessidade de investimentos em linhas de transmissão e construção de usinas geradoras, que consomem grandes montas de recursos públicos.
(Fonte assessoria Pedro Uczai)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Seminário Municipal de Cultura foi um sucesso

Mesa de abertura contou com autoridades nacionais e regionais da cultura
Sábado (27) aconteceu o grande Seminário Municipal de Cultura, organizado pela Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Belém, presidida pelo Vereador Marquinho. Várias lideranças ligadas aos diversos segmentos culturais e autoridades estiverem presentes e debateram sistematicamente sobre as políticas culturais do município de Belém.

O evento contou com a participação do presidente da CMB, vereador Raimundo Castro; do Secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Sérgio Mambert; do representante regional Norte do Minc, Delson Cruz; vereador Alfredo Costa (PT); do presidente da Fundação Cultural do Município de Belém, Carlos Amílcar; e do Deputado Federal Cláudio Puty.
Vereador Marquinho fala sobre importância do seminário
A primeira mesa expôs sobre “O Sistema e Plano Nacional de Cultura”, tendo como palestrantes Sérgio Mamberti e Bernardo Novais da Mata, representantes do Ministério da Cultura; e Jorge Rezende como coordenador da mesa.

Mamberti citou o Vereador Marquinho, quanto a  importância da iniciativa que se configura como ação estruturante para a organização da política cultural  municipal,  visando o Plano e o Sistema Nacional de Cultura, inclusive com a perspectiva da criação da Secretaria Municipal de Cultura. O secretário também enfatizou a importância da criação da Secretaria Municipal de Cultura “para corresponder as perspectivas do Plano Nacional e para dar conta de toda a diversidade cultural municipal, estadual e nacional”, afirmou Mamberti.
Presidente Raimundo Castro parabeniza vereador Marquinho pela iniciativa
Quanto a atuação da Secretaria de Políticas Culturais do Minc, que existe desde  2003, Mamberti citou que “a gestão do Juca Ferreira passou a ter uma atuação finalística, agora com Ana de Holanda volta a cumprir o seu papel de articulação junto às outras secretarias do Ministério e com estados e municípios”. Afirmou ainda que a determinação da Ministra  Ana de Holanda é  “para que todos se  comprometam com o desenvolvimento e fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura”, disse.

O segundo a expor foi o Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Bernardo Machado, que fez questão ressaltar a satisfação com o compromisso do Vereador Marquinho, dos Agentes Culturais e sociedade civil em prol do tema. Segundo o secretário, “a idéia do Sistema Nacional de Cultura nasce de uma comparação com outras políticas públicas como educação e saúde, estando a cultura muito aquém , vivendo uma série de precariedades", afirmou.
Deputado Federal Cláudio Puty agradece ao convite
Ainda de acordo com o Machado, a situação de precariedade tem a ver com a falta de consenso sobre o papel do poder público sobre a cultura, que possuía fundamentos neo-liberais, onde o Estado não tinha nada a ver com a cultura; e fundamentos ditatoriais, impondo e fazendo cultura. “A proposta agora é uma política cultural democrática. Em primeiro lugar é necessário então se definir o conceito de cultura, dividindo-a em Dimensão Simbólica (criação artística e patrimônio cultural), Dimensão Cidadã e Dimensão Econômica (gera renda e trabalho)”, disse.
Sérgio Mamberti, falou das políticas culturais do Minc
O secretário informou que o financiamento do Sistema Nacional de Cultura vai transferir no mínimo 30% dos recursos para os Estados e municípios, desde que exista nos respectivos entes federados: Conselho de Cultura, Plano e Fundo de Cultura e órgãos gestores exclusivos para a gestão do tema (por exemplo secretarias de cultura).

Após e exposição de anexos, foi aberto o debate para a plateia. “Quero parabenizar o Vereador Marquinho por pensar a cultura, o secretário Sérgio Mambert e a toda a organização. Todo encontro que é feito com a base é importante, para que possamos discutir, debater ideias e tirar encaminhamentos conclusivos”, afirmou Nazaré do Ó, liderança do movimento cultural.
Delson Cruz, representante da regional Norte do Minc
O segundo tema a ser debatido foi “O Desenvolvimento da Política Cultural no Município de Belém: Realidade e Perspectivas”, tendo como debatedores: Lídia Albuquerque, da Fumbel; Pai Antônio, do Conselho Nacional de Políticas Públicas; e Paulo Ricardo, do Grupo de Teatro In Bust. A mesa teve como mediadora a professora Lélia Fernandes.

Lídia Albuquerque começou a sua apresentação colocando o que o Fumbel vem realizando no município, a estrutura da fundação, as suas diretrizes, os princípios fundamentais e seus principais atividades. “A cultura municipal precisa ser encaminhada com qualidade. A Fumbel está sendo cobrada sistematicamente pelos movimentos e fazemos tudo o que está ao nosso alcance”, afirmou.
Mais de 160 lideranças culturais lotam auditório do evento 
Segundo o debatedor Pai Antônio, o Sistema Nacional de Cultura não é “uma viagem”, e sim um fato. Ainda de acordo com o integrante do CNPC, já foram realizadas três Conferências Municipais de Cultura, e não se sabe por onde andam as deliberações dessas conferências. “O Conselho Municipal de Cultura já existe, porém a sua composição caducou, precisamos da reativação do conselho e da criação do Fórum Municipal de Cultura para discutir essas políticas pendentes”, indagou.

Paulo Ricardo, do grupo de teatro In Bust, afirmou que a categoria vem provocando para que a política municipal de cultura seja motivada, “os segmentos como o teatro não conseguem nem ir pra praça apresentar suas performances, pois são proibidos. Não existe política pública, pois não existe integração com  os segmentos , órgãos instituições etc. A Fumbel  e a Secult não estão construindo política cultural, o que precisamos que seja provocada pela sociedade.A Fumbel hoje é migalha de troca política no município, o que é um absurdo. A cidade precisa do encaminhamento para  desenvolvimento cultural”, disse.
Vereador Marquinho fica atento à explanação dos debatedores
Em seguida o debate novamente foi aberto para a plateia. “Primeiramente que parabenizar todos aqui presentes. Cultura é esta diversidade aqui formada. O movimento cultural precisamos se fortalecer e não discriminar, a nossa união é de fundamental importância. Estamos desorganizados, a política do município nos enfraqueceu. Necessitamos da realização do Fórum Cultural mobilizado”, ponderou o líder do movimento cultural, Pachecão.

Após o almoço foi iniciado o terceiro e último debate, com o tema: “Democratização, Patrimônio Cultural e Gestão Urbana”. A mesa foi composta pelo advogado Ademir Neto e Lélia Fernandes, representantes da Fumbel; Delso Cruz, da representação regional Norte do Ministério da Cultura; e teve como debatedores o Vereador Marquinho; Emanuel Freitas, presidente do Instituto Amazônia Imaginária; Heraldo Meira, representante da Associação dos Servidores da Fumbel; e da professora da UFPA, Rose Norat.
"Precisamos urgentemente fortalecer a cultura em Belém", disse Marquinho

Segundo Lélia Fernandes, o que os produtores culturais de Belém querem ver implementado são todas aquelas questões já amadurecidas há muito tempo pelos debates com a sociedade: planos setoriais, fundos, conselhos, entre outros. “As Leis que tem mais de 10 anos devem ser revisadas, para que o Conselho Municipal de Cultura possa trabalhar efetivamente, orientado por regras atualizadas e bem definidas. A FUMBEL precisa ser reestruturada, precisa realizar concurso público”, disse.

Para Emanuel Freitas a Lei de Incentivo é o tema do financiamento e sustentabilidade. “Podemos discutir revitalização da lei, financiamento governamental, mas não podemos esquecer a  possibilidade de auto sustentação para o setor. Temos que solicitar da prefeitura os espaços no centro da cidade, transformando casarios em espaços de apresentação cultural”, informou Freitas.
Lídia Albuquerque, da Fumbel, fala sobre ações da prefeitura
A professora Rose Norat falou sobre a necessidade de instituir uma política de proteção legal para algumas áreas prioritárias, levando em consideração que dois distritos estão descobertos por essa proteção: Icoaraci e Mosqueiro. “’Revitalização’ não é a palavra que poderíamos chamar para intervenção no Centro Histórico, mas a reabilitação, reutilização e adequação do conjunto dos prédios e casarios relacionados na área ociosa onde estão localizados”, ponderou.

No final do Seminário, o Vereador Marquinho agradeceu a participação de todos os presentes, em especial ao movimento cultural que ficou até o final do evento. “É fundamental discutir o tripé do debate sobre os mecanismos da cultura: gestão, financiamento e democratização. Precisamos, cada vez mais, aprofundar e acelerar esse debate, recuperar politicamente o órgão de Gestão da Política de Cultura do Município, fortalecido com pessoas através de concurso público e dotação orçamentária, alem da criação do Fundo Municipal de Cultura e reformulação da Lei Tó Teixeira. Muito obrigado à todos e à todas. Esse seminário ficará para a história da cultura de Belém”, finalizou o presidente da Comissão de Cultura da CMB, Vereador Marquinho
Marquinho e Mamberti: amizade, companheirismo e compromisso cultural

ENCAMINHAMENTO:

Formação do GT QUE DEVERÁ CONSTRUIR A INSTALAÇÃO DO FÓRUM

Vereador Marquinho/CMB; Delso/Minc; FUMBEL; Heraldo, Silvio/Asfumbel; Carlos Henrique/Mandato Edilson Moura; CNPC; Paulo/InBust; Lélia/Sistematização.
Dentro de 15 dias, o tempo que leva para sistematizar essa proposta do seminário. Realizar audiência pública na Câmara Municipal de Belém para apresentar o documento.

PT foi o partido mais votado na Câmara e no Senado

Tanto entre os deputados como entre os senadores, os parlamentares do partido de Dilma Rousseff foram os que mais receberam votos dos jornalistas
Por Rudolfo Lago e Felipe Aguiar
Congresso em Foco
Na Câmara, o deputado mais votado pelos jornalistas na primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco 2011 pertence à oposição. É Chico Alencar (Psol-RJ). No Senado, o mais votado é formalmente da base governista, mas trata-se, na prática, de um senador independente, que só acompanha os votos do governo quando acha que isso seja o melhor e mais conveniente. Trata-se de Cristovam Buarque (PDT-DF). Distantes do governo, mais Chico que Cristovam, eles têm uma outra característica em comum: já foram do PT.

E é o antigo partido de Chico e de Cristovam o mais lembrado pelos jornalistas. Somados todos os votos dados na primeira etapa do prêmio pelos 267 jornalistas de 55 diferentes veículos que cobrem o Congresso Nacional, o PT foi o partido mais votado, tanto na Câmara como no Senado.

Os deputados petistas receberam 265 dos 1.223 votos dados pelos jornalistas, 22% do total. Em segundo lugar, ficou o Psol, com 230 votos, 19% do total. O PDT teve 59 votos, ou 13%. E o PCdoB, 151 votos, ou 12%.

O silêncio dos Indecentes



Ao constatar o silêncio sepulcral que se derramou sobre a grande mídia neste fim de semana, logo após a denúncia que a revista Veja fez contra o ex-ministro José Dirceu e a que este fez contra a revista, fiquei imaginando quantos jornalistas sérios existem nesses grandes veículos que podem estar tendo a decência de se indignar com seus patrões por estarem impedindo que façam seu trabalho.
Para quem chegou agora ao noticiário político e não sabe sobre o que se refere esse caso, ou para você que, aí no futuro, está lendo o que escrevi no passado, explico que o ex-ministro José Dirceu, no fim de agosto de 2011, denunciou em seu blog que a revista Veja mandou um repórter tentar invadir seu apartamento em um hotel de Brasília pouco antes de publicar matéria com a “revelação” de que se reunia, ali, com correligionários políticos.
Na matéria, a revista Veja fez suposições sobre as razões que levaram aqueles políticos a se reunirem no hotel Naoum, em Brasília, baseando-se na premissa inverídica de que por Dirceu estar sendo processado pelo Supremo Tribunal Federal pelo “escândalo do mensalão” e por ter tido cassado seu direito de disputar eleições estaria impedido, de alguma forma, de fazer articulações políticas. As suposições, surpreendentemente, são tratadas como fatos pela matéria da Veja.
Uma das suposições da matéria é a de que, por ter se reunido com seus correligionários petistas em data próxima à queda do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, Dirceu teria tramado com eles a retirada de apoio do PT a ele, o que teria determinado a sua demissão pela presidente Dilma Rousseff. Não houve escuta ou indício maior para a Veja fazer tal afirmação. A revista apenas supôs e publicou como se fosse fato.
Apesar de não haver matéria alguma nesse fato sobre os encontros de Dirceu em Brasília, isso não significa que esse caso, por inteiro, não contenha uma das mais saborosas e instigantes matérias jornalísticas sobre política dos últimos tempos.
Acontece que, apesar de a matéria da Veja fazer parte de um jogo político da imprensa aliada ao PSDB e, portanto, não precisar de fatos reais, pois tenta apenas impor à sociedade a percepção de que o governo Dilma e o PT estariam infestados de gangsters e, nesse processo, procura, na falta de qualidade das acusações, produzir quantidade, faltava um mínimo de verossimilhança à “denúncia” contra Dirceu.
Na tentativa de tornar a matéria menos pífia, a Veja se valeu de método literalmente criminoso. Como é óbvio que o hotel que fez um Boletim de Ocorrência contra a tentativa do repórter da revista de invadir o quarto de Dirceu não cederia imagens de seu circuito interno de TV àquele mesmo repórter, ele instalou câmeras nos corredores do estabelecimento para conseguir as imagens que a Veja publicou.
O viés criminoso da revista, nesse caso, é uma bomba jornalística que reproduz, no Brasil, o escândalo de alcance planetário que se abateu sobre a imprensa britânica. É uma das maiores matérias jornalísticas que surgiram neste ano, no mínimo.
É verdadeira a acusação de José Dirceu? Que tal seria se a imprensa ouvisse as testemunhas? Por exemplo, a imprensa poderia entrevistar a camareira à qual o repórter da Veja Gustavo Ribeiro teria pedido que abrisse o apartamento de Dirceu alegando que aquele era o seu apartamento (do repórter) e que teria esquecido a chave em algum lugar.
O pessoal da recepção poderia ser entrevistado para comprovar ou não que Ribeiro se hospedou no hotel e pediu para ser alojado no apartamento contiguo ao de Dirceu e  que o repórter da Veja, ao ser denunciado pela camareira, fugiu do estabelecimento sem pagar a conta. Afinal, se Ribeiro se hospedou no hotel teve que fazer o check-in e o check-out. Se pagou a conta, deve ter o recibo do pagamento. Se não tem, fugiu.
Por que um repórter fugiria de um hotel no qual se hospedou?
Seria uma bomba jornalística se essa matéria fosse parar no Jornal Nacional, por exemplo. E mesmo nos telejornais da Record, da Band ou do SBT, seria uma bomba. Menor, mas uma bomba. No entanto, até a manhã de domingo, dias após os fatos, só saíram uma notinha escondida na Folha de São Paulo e outra em O Globo e uma matéria no telejornal da TV Cultura, em termos de grande mídia.
O silêncio desses indecentes pseudo jornalistas que controlam as redações dos grandes meios de comunicação é a prova final, para quem dela tomar conhecimento, de que o que essa gente quer não é liberdade de imprensa, mas liberdade para decidir o que você, leitor, deve ou não saber, pois há coisas que não querem que você saiba e outras que querem que você pense. Mesmo não sendo verdade.
(Blog da Cidadania)