Da Rede Brasil Atual
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou ontem (17) a existência de recursos federais nas obras dos trens metropolitanos e do metrô paulistano, mas acabou contrariado por um estudo e pela consulta aos sistemas de transparência. “Não tem um centavo do PT em trem e metrô de São Paulo, só tem críticas e aleivosias como esta”, afirmou o tucano, durante evento no Palácio dos Bandeirantes.
Questionado sobre o choque entre trens ocorrido 4ª feira (16) próximo à estação Carrão, na zona leste da capital paulista, o governador criticou estudo divulgado pela bancada do PT na Assembleia Legislativa mostrando corte de recursos na modernização e na construção de novas linhas. Para ele, os petistas “pinçam” dados na tentativa de prejudicá-lo, em episódio que classificou de “baixeza eleitoral” de “quem não contribui com nada para o sistema metroferroviário”.
A consulta ao Portal da Transparência, porém, desmente a versão do governador paulista. Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), apenas com vistas à Copa de 2014 serão repassados pouco mais de R$ 1 bilhão do governo federal. A verba tem como objetivo a construção do monotrilho, que o governo estadual considera como uma extensão dos sistemas de trens e metrô.
O próprio portal de transparência do governo do PSDB desmente a afirmação de Alckmin. O convênio 610977, firmado em 2007 entre o Ministério das Cidades e o Palácio dos Bandeirantes, repassou R$ 271 milhões à Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô. O objetivo foi o prolongamento da Linha 2 – Verde, em especial para a construção entre os bairros Ipiranga e Vila Prudente, na zona leste. Este é, aliás, um dos maiores contratos firmados nos últimos 16 anos entre as gestões federal e do estado.
Segundo a bancada do PT na Assembleia, que consolidou e atualizou os repasses feitos de 1995 a 2011, os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, ambos do PT, enviaram ao sistema de trens e metrô R$ 15,2 bilhões nos últimos nove anos. Por outro lado, entre 1995 e 2002 o então presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, assinou contratos no valor de R$ 4,6 bilhões.
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