quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ministro da Justiça diz que defesa de Demóstenes faz apologia da impunidade

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou nesta quarta-feira (25) que as informações da Polícia Federal serão liberadas à CPI mista do Cachoeira, que investiga as relações do empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e agentes privados.
Cardozo rebateu a linha de defesa de envolvidos que tentam desqualificar e anular as provas da Polícia Federal, por conta de foro privilegiado ou por reclamações sobre os métodos para interceptações telefônicas.
Para o ministro, suspender a apuração do caso representaria o aumento da impunidade.
"Parar uma investigação como essa ampliaria a impunidade no país", disse o ministro após participar de audiência na Câmara sobre Código Comercial. "Não se pode interpretar garantia [foro privilegiado] como privilégio", completou.
Ele defendeu a atuação da PF, classificando a Operação Monte Carlo, que coibiu a atuação do grupo de Cachoeira, como séria. "Eu tenho convicção que a PF agiu no estrito cumprimento da lei."
Cardozo disse que os agentes da Polícia Federal que são suspeitos de envolvimento com o esquema estão sendo investigados e se for comprovado as acusações serão demitidos. Ele afirmou ainda que a orientação do governo é para agir republicanamente investigando todos os suspeitos, sem levar em consideração a ligação partidária.
O ministro evitou comentar possíveis convocações da CPI, como a do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mas assegurou que o material requisitado por deputados e senadores será encaminhado.
"Eu disponibilizarei as informações que tenho para CPI fazer um bom trabalho."
(Folha.com)

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