Hoje, em sessão especial realizada pela Câmara Municipal que tinha como tema a saúde no Brasil e em Belém, concordei com a afirmação recentemente propagada pela Presidenta Dilma Rousseff, onde disse que "o maior problema da saúde no Brasil é de gestão". A Presidenta afirmou que os recursos destinados à esta pasta ainda não são ideais, mas a gestão má aplicada é o que compromete o sucesso das ações públicas.
Para exemplificar, citei alguns dados disponibilizados no site do Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia, 90% dos municípios brasileiros devolvem recursos da saúde à União, ou seja, não estão utilizando efetivamente o dinheiro repassado. Para o programa Saúde da Família, o Governo Federal estabelece um teto de contratação de 581 médicos, enquanto que apenas 66 estão cadastrados em Belém. Dos 3.500 agentes comunitários de saúde, apenas 756 estão disponibilizados para a população belenense. Os recursos da saúde precisam ser otimizados.
Precisamos discutir a qualificação da gestão com ampla participação popular. É um erro nenhuma unidade de saúde de Belém ter o conselho gestor funcionando. Somente com controle social vamos combater a corrupção e o desvio de recursos públicos. Informei que nos dias 7, 8 e 9 de maio a Comissão de Saúde da Câmara, a qual estou presidente, vai realizar o primeiro Seminário Municipal de Saúde para discutir os rumos da saúde de Belém. Essa realidade deve mudar!
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