247, com Reuters – A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou suas previsões para o crescimento global nesta terça-feira, alertando que a crise da dívida na zona do euro é a maior ameaça à economia mundial.
À luz do cenário econômico ruim, a OCDE pediu que os bancos centrais se preparem para mais afrouxamento monetário excepcional se os políticos não conseguirem dar respostas críveis à crise da dívida.
O órgão sediado em Paris, em seu relatório semestral Perspectivas Econômicas, previu que a economia global crescerá 2,9% este ano, antes de expandir 3,4% em 2013. A estimativa marcou uma forte queda desde a última projeção da OCDE em maio, de 3,4% para este ano e de 4,2% em 2013.
A zona do euro está enfrentando dois anos de contração econômica, enquanto os Estados Unidos correm o risco de entrar em recessão se os parlamentares do país não chegarem a um acordo para evitar uma combinação de aumentos de impostos e cortes orçamentários que entrarão, caso contrário, em vigor no ano que vem.
Desde que o impasse em Washington seja superado, a maior economia do mundo irá crescer 2,0% no ano que vem, estimou a OCDE, cortando sua projeção de 2,6% em maio. "O abismo fiscal norte-americano é uma fonte muito importante de preocupação, mas o maior risco continua sendo a zona do euro", afirmou o economista-chefe da OCDE, Pier Carlo Padoan, em entrevista à Reuters.
Ao cortar suas estimativas, a OCDE prevê agora que a economia da zona do euro irá contrair 0,4% este ano e outro 0,1% no ano que vem, apenas retornando ao crescimento em 2014, com uma taxa de 1,3%. A OCDE alertou que condições financeiras divergentes dentro da união monetária europeia ameaçam dividi-la se as autoridades falharem em conter a crise da dívida.
No Brasil
Em contrapartida, a Organização prevê crescimento de 4,0% para o Brasil em 2013, um aceleramento significativo se comparado à alta de 1,5% esperados para o PIB deste ano pela OCDE. Para 2014, a entidade projeta que o País cresça ainda mais: 4,1%.
A taxa de crescimento prevista para o Brasil neste ano é a menor dos Brics – bloco formado por Rússia, Índia, China e África do Sul). A maior previsão de crescimento é a da China, 7,5%. Depois vêm a Índia (4,4%), a Rússia (3,4%) e a África do Sul (2,6%). Mesmo assim, os números apontam uma grande distância entre a situação brasileira e a de países europeus.
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