A desigualdade no Brasil vem caindo, e a Síntese dos
Indicadores Sociais divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE mostrou mais
um cruzamento de dados que mostra essa redução. Enquanto em 2001 os 20%
mais ricos da população tinham rendimentos cerca de 24 vezes superiores
aos dos 20% mais pobres, em 2011 esta razão cai para 16,5. Isso se deve,
em grande parte, aos programas de transferência de renda, como o Bolsa
Família, que provocaram um aumento da participação das chamadas outras
fontes de rendimento, que passou de 5,3%, em 2001, para 31,5%, em 2011,
na parcela da população com rendimento domiciliar per capita de até um
quarto do salário mínimo.
Mas a situação de desigualdade ainda permanece forte na sociedade
brasileira. E quanto mais escolaridade, maior é distância entre os
rendimentos quando se compara por gênero e raça. Entre as pessoas com 12
anos ou mais de estudo, o rendimento feminino equivalia a 59,2% do
rendimento masculino e o rendimento de pretos e pardos equivalia a 67,2%
do rendimento da população branca com a mesma escolaridade.
Quando se olha por cor ou raça, verifica-se que os pretos e pardos se
concentram na base da pirâmide de renda - 14,2% deles estão no primeiro
décimo de renda - enquanto no topo da pirâmide, essa parcela caiu para
4,9%. Entre os brancos acontece exatamente o inverso. A parcela de
branco na base da pirâmide é de 5,4% e no topo, 15,4%.
(Agência Globo)
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