Segundo O Liberal de hoje, de janeiro a agosto do ano passado foram registradas 880 mortes no trânsito do Pará. Se não em termos absolutos, mas em termos proporcionais deve ser mais um triste título nacional para o nosso estado, também campeão brasileiro de custo de vida.
Além da tragédia que vitimou centenas de pessoas e enlutou inúmeras famílias, há um outro aspecto que precisa ser lembrado. Segundo a própria matéria, os gastos com uma internação individual estão na faixa de R$10 mil. Mesmo que nem todas essas vítimas tenham chegado a dar entrada em um hospital, sabe-se que há um número expressivo que deu entrada, bem como muitos que felizmente conseguiram escapar com vida, graças ao socorro que chegou a tempo.
Nesse sentido, é muito alto o custo da imprudência, da imperícia e da sensação de impunidade que leva ao desrespeito às normas de trânsito. Mas, infelizmente, o que se presenciou durante a Semana do Trânsito foi uma autoridade do governo estadual rechaçar qualquer campanha educativa, alegando falta de recursos para tal.
Com certeza, a mais cara campanha que se fizesse para conscientizar as pessoas a serem mais diligentes no trânsito seria bem mais barata do que esse gasto absurdo e inusitado com os custos de sucessivas tragédias. Sem contar a quantidade de mortes que seriam evitadas esse, então, um ganho que não há dinheiro que pague.
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