sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Brigando com os fatos

O secretário chamou os dados de defasados; a titular do IDESP, mais comedida, preferiu declarar que o problema da violência é estrutural e nacional, uma boa saida quando se quer lavar as mãos e ocultar a incapacidade em enfrentar uma situação.
Nem uma coisa, nem outra. Ou, se queremos mesmo tratar tema tão delicado com a seriedade que a situação exige, urge as autoridades terem a dignidade de reconhecer quantos policiais militares encontram-se em desvio de função, conforme foi constatado durante as eleições deste ano, bem como podemos notar também em qualquer evento de massa, por exemplo, a quase ausência de policiais em jogos da série C, o que facilitou a torcedores enfurecidos atirar o que bem entendessem para dentro do campo de jogo, tudo devidamente filmado, sem que chegasse um policial sequer para impedir. Depois, realizar o concurso anunciado com tanta pompa e circunstância e até aqui não passando disso.
Mesmo com o governo Ana Júlia contratando mais de três mil policiais, ainda assim, estamos em déficit com a demanda para um estado com o tamanho do Pará. E isso é flagrante, urgente, facilmente perceptível e não há estatística própria que desminta, por isso os dados não estão defasados e, caso estejam, não é porque tenha diminuido o temor da população, e sim porque esse medo só tem aumentado, querendo ou não o secretário.

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