A isso se resumiu o que Duciomar expôs hoje na Câmara Municipal de Belém, falando sobre a licitação relâmpago do BUS Rapid Transit(BRT). Perguntado a respeito da garantia dos recursos para a obra do BRT, respondeu que os recursos para a obra da Estrada Nova estão garantidos; perguntado sobre o financiamento, tentou dar um matiz técnico fornecendo o número da funcional programática e do elemento de despesa, mas , omitiu o nome do programa de onde serão tirados os recursos próprios para bancar a obra, embora tenha afirmado que a mesma, caso seja necessário, será feita com recursos próprios. Também não disse palavra que justificasse o porquê de pedir autorização à Câmara municipal para contrair empréstimo quando, agora se sabe, não havia nada pactuado e recurso algum garantido.
Como o reino da fantasia comporta dar asas à imaginação que permitam voo até o inimaginável, falou de audiências públicas que antecederam o projeto em tela; assim como justificou seu custo mais elevado do que o semelhante a ser construido em Manaus, por conta das obras de arte que constarão na obra de Belém. Pura enrolação, na medida em que obra de arte é todo o acabamento adicional que dá os contornos à mesma, portanto, seja aqui ou em Manaus, obras de arte há de haver. E a diferença de preços o prefeito convenientemente ocultou.
De tudo que foi dito, finalmente, ficou apenas uma certeza: aquilo que foi questionado como mal explicado no projeto virou certeza que a concepção dessa obra está envolta em diversas irregularidades cometidas e detectadas desde quando o resultado da licitação foi anunciado bem antes da abertura dos envelopes, através dos classificados de um jornal de grande circulação na cidade.
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