Dilma interrompe o controle oligopólico instaurado por FHC (que garantia privilégios para algumas empresas) e democratiza o acesso às vias férreas para outros setores
Tucanos “pira” com o Programa de Investimento em Logística lançado por esses dias.
Fingem felicidade com a suposta aproximação do governo de Dilma Rousseff ao o seu ideário privatizante. Apenas fingem. No fundo, destilam ódio e mágoa.
Primeiro, tentam passar a imagem de que os governos petistas seriam estatistas e socializantes. Para depois ironizar a proposta de Dilma, dizendo que a mesma é uma invenção tucana e que teria seduzido a presidenta.
Infelizmente, o governo Lula, os governos estaduais e municipais petistas são menos “estatistas” do que eu gostaria.
Aliás, o discurso esquizofrênico tucano difunde uma grande mentira: que as PPP´s seriam uma inovação ideológica. Nada disso. PPP é apenas uma modalidade, dentre várias, de participação do capital privado nos negócios públicos. Que existe há 500 anos!
Segundo: tanto Dilma, quanto Lula afirmaram em suas três campanhas que seus governos teriam que assumir fortes parcerias com setores do empresariado. O poder público não tinha e nem tem poupança pública para bancar investimentos estruturantes sozinho. FHC deixou o país quebrado. Com baixíssimas reservas internacionais e dívida pública multiplicada por 10. E quem não se lembra da “Carta aos Brasileiros” que Lula assinou e que muitos chamaram de “carta aos banqueiros”? Ora, não há decepção, nem mudança de rumos, no sentido falsamente festejado pelos tucanos.
Então, qual é a diferença?
FHC vendeu patrimônio ferroviário, sucateou mobiliário e redes férreas, concedeu o controle exclusivo de uso das vias para alguns oligopólios (que podem “vender” seu uso, a seu bel prazer) e deixou o setor sem qualquer regulação pública. O resultado disso é que várias atividades ou serviços concedidos já mudaram de mãos muitas vezes, sem que as primeiras beneficiárias investíssem o que era esperado ou fossem punidas pelos apagões, caladões ou pelas crises, como nos serviços de trens urbanos no Rio de janeiro.
Dilma interrompe o controle oligopólico instaurado por FHC (que garantia privilégios para algumas empresas) e democratiza o acesso às vias férreas para outros setores; estabeleceu condições rígidas a serem cumpridas pelas empresas concessionárias; inclusive no quesito investimento; criou uma empresa estatal para planejamento e regulação das tais parcerias (fiscalizar serviços, investimentos, controlar preços de pedágios etc).
De fato, o que Dilma está implementando nem de longe pode ser comparado a um tipo de “capitalismo de estado”. Mas, por certo, não é “feira do Paraguay” instituída pelos tucanos, nos tempos da privataria.
A ironia tucana é gaguejante. Provocação miúda. Coisa juvenil na boca de liberais senis. Esquizopolítica: elogia, como se estivesse criticando. Critica como quem pensasse: por que não fizemos isso antes?
Por que?
Porque a parceria público privada tucana teve uma promessa não cumprida: vender patrimônio público para investir em infraestrutura, educação e saúde! Investiram? Não! Perguntem ao Serra e ao reporter Amaury Ribeiro Junior, autor do “A privataria tucana”, onde foi parar boa parte do dinheiro arrecadado com os leilões de FHC!
Neila Batista é militante petista e ex-vereadora do PT em Belo Horizonte(Portal do PT)
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