Brasília - Um em cada quatro brasileiros já é beneficiário do Bolsa Família, mesmo com os recursos do programa consumindo apenas 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, cada R$ 1 destinado ao programa retorna à economia como R$ 1,44. “Mais do que um gasto, é um grande investimento que nós estamos fazendo, não só para tirar a população da pobreza, mas para o país continuar a crescer”, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à fome, Tereza Campelo, nesta quarta (8), durante a apresentação à sociedade dos resultados do primeiro ano do Plano Brasil Sem Miséria.
Ao lado do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, Tereza Campelo defendeu as ações do governo Dilma perante os 150 representantes de sociais urbanos e do campo, ONGs, conselhos, centrais sindicais, confederações patronais e comunidades religiosas que participam do evento, no Palácio do Planalto. “Mais do que uma avaliação do programa, isso é uma prestação de contas. Achamos que já fizemos muito, mas queremos fazer mais. E acreditamos que a melhor forma de fazê-lo é ouvindo as sugestões da sociedade”, disse.
Lançado em junho de 2011, o Brasil Sem Miséria tem a meta de retirar da extrema pobreza, até 2014, 16,2 milhões de famílias brasileiras que, conforme o censo do IBGE, vivem com renda mensal inferior à R$ 70. Até agora, já incluiu nos cadastros oficiais do Bolsa Família 687 mil, atingindo o número de 13,5 milhões de famílias atendidas. Conseguiu aumentar os recursos destinados ao programa em 40%. Antes, somavam 0,38% do PIB. Agora, são 0,46%. Ampliou o benefício médio de R$ 96 para R$ 134.
Criou uma série de ações com focos nas crianças, como o Brasil Carinhoso, que reduziu a miséria na faixa etária de 0 a 6 anos em 62%. Ofereceu mais de mil atendimentos no meio rural, em especial assistência técnica para 170 mil famílias, energia elétrica para outras 114 mil e cisternas para 111 mil. Nas cidades, criou 256 mil vagas de qualificação profissional, que atenderam 123 mil inscritos. Repassou recursos para a construção de 2.077 novas unidades de saúde e triplicou o número de escolas em áreas de extrema pobreza.
(Carta Maior)
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