quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Separados e Unidos, o mesmo problema

Como todos estamos nessa ciranda obrigo-me a dizer o que penso. Este não é um debate no qual a racionalidade possa sozinha ser guia na escolha. Experimentamos o Pará no lugar onde vivemos, não é à toa que em Santarém seja difícil encontrar forte representação do NÃO A DIVISÃO vis-à-vis em Marabá acredito que o grosso da população tenda a expressar o SIM à criação de Carajás. Ocorre que tentar fixar a idéia daqueles que defendem o NÃO ser um bando de mentirosos e aleivosos dificulta muito a percepção das possíveis conquistas a serem produzidas com ou sem a divisão. A questão em exame mexe muito com nossas emoções, se trata de uma economia de afetos agora em ebulição. Os dois lados fantasiam a expressão de desenvolvimento.
Em 1987 estive em Santarém para auxiliar na organização do movimento estudantil no campus da UFPA, fiz muitas reuniões com os colegas que nem lembro o nome, contudo o que ficou em minha memória foram as defesas vigorosas pela divisão do estado. Claro, com arrogância de alguém da capital disse ser um delírio fruto da inveja e da ausência de protagonismo daqueles do lugar, logo a seguir estive em Marabá com o mesmo objetivo e curiosamente nada encontrei de tão representativo pela divisão, pelo menos no campus da Ufpa naquela cidade.
Os sentimentos que me vieram neste instante do plebiscito não são dos melhores, sinto-me traído e questiono por que devemos nos separar? Cheguei a pensar uma solução para nos livramos daqueles, bastava tomar o centro geodésico desta cidade e determinar um raio de 30 km ao redor e ali ser proclamado o território, mas não basta, o resultado do plebiscito vai deixar chagas muito profundas para serem sanadas.
A reclamação da centralização e favorecimento de Belém feita pelos separatistas é de uma ingenuidade de fazer corar, não há opulência na capital sugando as energias criativas do resto do estado; deveriam demonstrar quando e onde se apresenta tal desempenho; acaso não padecemos das inúmeras fragilidades estruturais da gestão do estado em segurança, educação, saúde e infra-estrutura? Obviamente querer sustentar que a criação de novos estados conduzirá a plena satisfação dessas necessidades fundada na idéia de uma capacidade inata para responder aos desafios é uma ideologia pobre, pois as características de empreendedorismo não foram suficientes para romper as limitações estruturais em quase 400 anos de colonização, até o grande capital quando se enredou na floresta teve suas derrotas como ficou assinalado pelo fracasso da Ford no Tapajós, outros muitos exemplos poderiam ser arrolados, contudo basta este para demonstrar quão equivocada está a tese separatista, a despeito de arrolar vários dossiês inflando a receita dos novos estados como solução, descuida-se de evidenciar como esta mesma receita será efetivada.
Acusar o Pará de esquecimento é outra falsificação da realidade, a maioria da população do interior sofre de todo cosmopolitismo das elites em qualquer estado da federação, na lógica sugerida pelos separatistas deveríamos elevar todas as regiões à condição de capital para superar o drama interior X capital. Este é um falso problema, não alcançaremos horizontalidade no desenvolvimento sem reconhecer os biomas da Amazônia como parceiros para questionar o modo de produção de mercadorias no qual estamos envolvidos; bem como a posição secundaria que temos no pacto da federação é que faz com sejamos produtores de energia e ainda sim termos uma das contas mais cara da federação, situação similar no que se refere à questão mineral que deixa a compensação financeira irrisória pela lei Kandir enquanto a união fica com o grosso dos impostos. Acaso acreditam os separatistas que terão outra posição no pacto da federação e terá revista a questão dos impostos? Se assim é, estes candidatos à condição de elite já adquiriram a soberba sem sequer ter obtido alguma conquista material para viabilizar seus planos. Invés da exploração sobre o Pará será a continua extorsão sobre os três novos estados. As hidrelétricas a serem construídas no Tapajós acaso seriam regidas por regime distinto do resto do sistema? Como? O mineral explorado em Juriti também teria estatuto diverso para reger a questão mineral? Isso faz algum sentido? Quanto à proteção da floresta? Ahhhhh, aqui esta a inovação por excelência, as pressões pela formação de pasto e uso da madeira vão desaparecer e permitir a intrusão de um modelo de desenvolvimento que preserva a floresta e aqueles que dela vivem, humanos e todos os outros seres.
Sinto dizer, mas essas demandas não desaparecem por vontade ou desejo, elas são alimentadas pelo modo de produção de mercadorias que escolhemos viver. Digo, escolhemos, porque cada vez que ligamos um aparelho elétrico reforçamos a demanda por mais energia, tanto quanto ao utilizarmos carvão vegetal ou nos fartarmos no suculento bife ajudamos no endosso à devastação da floresta. Apenas para efeito de registro gostaria de saber qual proposta de preservação tem os separatistas para combater o arco do desmatamento? O deslocamento da fronteira sinaliza o desmatamento, um pouco de apreço ao estudo sistemático preencheria esta lacuna e veria que a criação de novos estados não responde a contento ao problema. Para aqueles que enfatizam quanto os novos estados deram certo seria recomendável ver este quesito desmatamento e logo vão ver como foi exponencial a expansão da destruição do meio ambiente no cerrado, pantanal e floresta amazônica justamente em Mato Grosso, Mato Grosso do sul e Tocantins.
Quanto às omissões do estado essas merecem ser duramente criticadas, contudo é preciso responsabilizar adequadamente as esferas de governo para melhor satisfazer as necessidades da promoção humana. A avalanche de criação de municípios também deveria ser frenada sob pena de continuar a serem estabelecidos municípios sem efetivas condições de sustento. As perguntas sobre os rumos do desenvolvimento precisam ser colocadas para toda sociedade e a gestão pública precisa considerar a imperiosa necessidade da continuidade das políticas públicas e das ferramentas de gestão. O Zoneamento Econômico Ecológico, ZEE, iniciado no governo Jatene e prosseguido no governo Ana Júlia não pode ser uma moda de gestão, em ambos os governos, e mesmo no presente, a referencia para o desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais e os Consórcios de Municípios foi pouco proveitosa, isto continua a gerar o abandono de metas e aprofunda a ausência de solidariedade entre as esferas de gestão e a sociedade civil. Mas é preciso saber o que cobrar de cada esfera, por exemplo, a educação do ensino fundamental é responsabilidade da prefeitura, contudo como manter uma escola que fica a três horas de lancha da sede? Não basta afirmar ser responsabilidade municipal, precisamos contabilizar como manteremos todos os alunos em idade escolar efetivamente na escola, outrossim, criar expedientes para atrair aqueles que por diferentes motivos tiveram interrompido esse percurso de educação ao longo da vida. Nesta perspectiva as esferas de governo federal, estadual e municipal devem amparar essa meta nos Plano Nacional de Educação, Plano Estadual de Educação e nos Planos Municipais de Educação.
É muito especiosa a tese de responsabilizar a capital pelo atraso do resto do estado. Só não conseguem demonstrar como é feita esta operação. Acredito que nossas escolhas se assentam a partir do lugar em que vivemos; obviamente isso é pueril, porém isso chega a determinar nossos afetos se sobrepondo ao valor de solidariedade irmanada na história e na cultura. Faz pouco tempo estive com os parceiros do Coletivo Poraquê numa intervenção da oficina de meta-reciclagem de computadores e investimento na plataforma Linux. Jovens, apaixonados, criativos, disseram-me de seus projetos de criação de Silicon Valley em Santarém e que não entendiam não ter reconhecida esta propositura no projeto de desenvolvimento do estado, chegaram a sustentar que tinham uma cultura distinta da minha e para provar usaram um vocabulário estranho para apartar-me de sua cultura, fiquei um tanto aparvalhado com situação e respondi que poderia emular o mesmo dispositivo, bastava usar o vocábulo estranho daqui da minha banda para assinalar que estas diferenças são do universo do uso da língua sem necessariamente delimitar uma fronteira.
Precisamos fazer muitos acertos sobre como disciplinar o debate, pois nem sempre as definições da sociologia do desenvolvimento conseguiram captar as dimensões e expectativas dos agentes locais. Talvez a noção abstrata de dada vocação para o desenvolvimento deva ter em paralelo a noção de constituição do protagonismo daqueles sujeitos, deste modo poderemos auxiliar as escolhas na direção de qual proposta de desenvolvimento subscrever.   
Ser paraense não se restringe ao consumo e uso das drogas do sertão, significa a mobilização desta cesta de sabores, cheiros, tatos e expressões em relação de afeto com todos que aqui chegam. O resultado do plebiscito será danoso seja ele qual for. Meu voto no NÃO é o compromisso de sempre fazer da realização humana uma promoção dessa condição. Outro processo mais complexo sobre como se articula este debate de separação com a luta de classes ainda não foi feito, espero poder oferecer minha interpretação sob este prisma oportunamente.

Sorte a todos

Fernando Arthur de Freitas Neves  

Secretária de Saúde deverá comparecer à CMB para dar explicações

Amanhã, 01, a partir das 14h30min, a Secretária Municipal de Saúde, Sylvia Santos, deverá comparecer à Câmara para dar esclarecimentos sobre o caos em que se encontra a saúde de Belém. O requerimento convocando a secretária é de autoria do Vereador Marquinho e foi aprovado na CMB. "Esperamos que dessa vez a secretária não falte, pois o que está em jogo é a saúde da nossa população. Ela deve vir dar explicações sobre as inúmeras mortes que estão ocorrendo nos prontos socorros, as comidas estragadas que estão sendo servidas aos funcionários e pacientes, a problemática na contratação dos médicos, enfim, é obrigação dela falar sobre esses assuntos. Belém precisa sair da UTI o mais rápido possível, caso contrário entrará em colapso", declarou o Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Vereador Marquinho.

Plenária Fórum de Cultura



No próximo dia 07 de dezembro (quarta-feira), acontece na Câmara Municipal de Belém, às 16 horas, mais uma plenária do Fórum de Cultura. O evento reúne produtores culturais, artistas e sociedade civil para propor políticas que constituirão o Sistema Municipal de Cultura, entre essas a criação do Fundo Municipal de Cultura e a regulamentação do Conselho Municipal de Política Cultural.

Com a aprovação do Sistema Nacional de Cultura, todos os municípios serão obrigados a criar um fundo específico para o financiamento das atividades culturais locais. A composição do fundo, sua gestão e a forma de controle social dos gastos públicos por sua vez exige a existência de um Conselho de Cultura representativo, democrático e em pleno funcionamento

Ao longo do ano, diversos segmentos culturais vêm discutindo com a Comissão de Cultura da Câmara Municipal de Belém, presidida pelo Vereador Marquinho, os rumos da política cultural de Belém, já tendo sido realizada uma plenária e o Seminário Municipal de Cultura, onde foi formado um Fórum Permanente de Cultura.

Pretendemos participar ativamente da construção e implantação das políticas públicas da cultura, que atendam os operadores da cultura e a comunidade de Belém. Queremos um debate na cidade sobre o órgão gestor, sobre a Lei Tó Teixeira, sobre mecanismos de incentivo a cultura mais transparentes, como a criação do Fundo Municipal de Cultura, sobre a reestruturação do Conselho Municipal de Cultura e a formulação do Plano Municipal de Cultura com ampla participação popular.

Para dar continuidade a essa luta, convidamos tod@s à participar  desse  novo encontro,  para continuarmos cobrando uma efetiva participação do poder executivo e legislativo municipal. Por isso, participe conosco dessa ampla mobilização em defesa de políticas públicas de cultura na cidade. 

Participe!

Atenção, prefeitos: Municípios e estados devem agilizar suas ações para conquistar moradias populares
André Vargas é o relator de todas as fases do Minha Casa, Minha Vida. (Foto Ricardo Weg / arte Nilton Vilhena -PT)

André Vargas comemora que programa Minha Casa, Minha Vida vai garantir 3 milhões de moradias aos brasileiros.


O sonho da casa própria está cada vez mais perto da realidade. Para atender à população que mais necessita, o Governo Federal lançou nesta terça-feira, 29/11, uma nova etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, direcionada aos municípios com até 50 mil habitantes e para famílias com renda até R$ 1.600,00. O subsídio será de R$ 25.000,00, por família, a fundo perdido.

No entanto, são os prefeitos e governadores os primeiros responsáveis para que sua cidade ou estados sejam contemplados, pois terão prazo curto para apresentação de projetos. A portaria 547/11, publicada no Diário Oficial desta terça-feira, estabelece o início do prazo para apresentação de projetos a partir desta quarta, 30/11, e vai até 30/12. “O momento é agora”, alerta o deputado federal André Vargas (PT-PR), que foi o relator das duas etapas do programa Minha Casa, Minha Vida.

Ele lembra que quando foi relator do projeto, reservou uma cota de 220 mil moradias para os municípios com até 50 mil habitantes. “Agora está aberto o processo de seleção para que possam cadastrar os seus projetos, que serão executados por entidades bancárias, que vão procurar ter o máximo de agilidade possível. O subsídio será de R$ 25.000,00 a fundo perdido, ou seja, que não terá devolução”, destaca Vargas.

O critério de seleção nesta etapa, além de restringir a população do município a até 50 mil habitantes, é para aquelas famílias com menor renda. “A renda é de até 1.600,00, mas o critério de seleção será sempre para aqueles que ganham menos. A prestação máxima é de 10% da renda, a mínima poderá ser menos, pois há situações em que não há condições de se cobrar mensalidade, mas o ideal é 10% do salário mínimo”, defende.

Vargas alerta ainda aos municípios que eles precisam apresentar os terrenos para as moradias e fazerem as devidas parcerias com os Estados para garantir a infraestrutura para os novos empreendimentos. “O Governo federal está fazendo a sua parte, a bola agora está com as prefeituras e fundamentalmente com os governos estaduais, que em geral só têm o programa Minha Casa, Minha Vida para implementarem suas políticas habitacionais”.

Geralmente, diz Vargas, os Estado têm poucos recursos para a área habitacional, por isso é preciso incentivar os governos estaduais a cumprirem sua missão, em parceria com o Governo Federal, de prover o cidadão de baixa renda do sonho da casa própria.

O deputado destaca que a segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida prevê a construção de dois milhões de moradias em todo o país. “Na primeira etapa estão sendo entregues já um milhão de moradias e com a nova fase, serão três milhões no total. E esta é uma contribuição do parlamento, que foi acolhida na relatoria e que garantiu as moradias para os pequenos municípios. A própria presidenta Dilma nos agradeceu por isso”, ressalta.

Vargas aconselha que as pessoas procurem as prefeituras de suas cidades para se informarem sobre como serão os cadastramentos, pois os municípios com até 20 mil habitantes pode apresentar uma proposta com até 50 moradias, já aqueles com população entre 20 mil e 50 mil poderão apresentar até 2 propostas, cada uma com até 50 unidades habitacionais.

Prioridades

- Nesta modalidade também fica garantida a reserva de, no mínimo, 3% das unidades habitacionais para atendimento aos idosos;

- O atendimento a pessoas com deficiências, previamente identificadas na fase de cadastramento e seleção de beneficiários;

- A adoção de padrões mínimos de habitabilidade e salubridade, assegurados o acesso por via pública, acesso a equipamentos e serviços públicos, soluções de abastecimento de água e esgotamento;

- Quem tem já tem imóvel financiando por programas do Governo Federal, tenham sido beneficiadas com subsídios dos recursos da União ou de descontos habitacionais com recursos do FGTS – exceto para compra material de construção – ou tenham financiamento imobiliário ativo em qualquer localidade do território nacional, não poderão se beneficiar do programa;

- Em caso de emergência ou calamidade, as famílias desabrigadas que perderam seu único imóvel poderão ser atendidas;

- As demais regras estabelecidas pelo programa Minha Casa, Minha Vida continuam valendo.

Principais prazos
- 30/11/2011 - Início do período de cadastramento de propostas de projeto pelos
estados e municípios
- 30/12/2011 - Encerramento do período de cadastramento de propostas, por meio do sítio eletrônico do Ministério das Cidades.
- 27/01/2012 - Divulgação do resultado das propostas selecionadas no sítio eletrônico do Ministério das Cidades.
- 29/06/2012 - Prazo final para contratação junto aos beneficiários finais do Programa e previsão para início das obras, que terão um ano para serem concluídas após o pagamento da primeira parcela.
*Os demais prazos devem ser rigorosamente acompanhados na portaria e no Ministério das Cidades
(Ricardo Weg e Meire Bicudo – Portal do PT e assessoria André Vargas)

Aonde chegamos e para onde iremos


Anônimo disse...

Uma outra boa noticia.

A partir de Segunda - Feira estaremos sem segurança nos postos de saúde.

CHEGOU A VEZ DA PUMA TIRAR O TIME
da prefeitura. Chega de calote.

SEM MÉDICOS
SEM MEDICAMENTOS
SEM AMBULÂNCIA
SEM ÁGUA
SEM FUNCIONÁRIO E MATERIAL DA LIMPEZA
SEM ÁGUA
SEM SEGURANÇA

AINDA CORRE BOATOS QUE OS FUNCIONÁRIOS NÃO IRÃO
RECEBER O 13º SALÁRIO.

É MELHOR ACABAR DE VEZ COM A SAÚDE!
OU
MELHOR
DUDU E A SECRETÁRIA DE SAÚDE ACABARAM
DE VEZ COM A SAÚDE!
Decididamente, a gestão da saúde em Belém já passou do fundo do poço. Chegou naquele lugar fétido que contamina o lençol freático que abastece o poço.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Marquinho vai até a travessa Apinagés para parabenizar moradores

Após a aprovação do projeto que possibilitou a volta do nome da travessa Apinagés, o Vereador Marquinho fez questão de ir até a rua para parabenizar os moradores. "Isto é consequência de uma grande luta popular. Quando o povo quer, nada (e ninguém) consegue impedi-lo de alcançar as suas vitórias. Os moradores da travessa Apinagés estão de parabéns. Agora precisamos lutar pela aprovação da minha emenda, que pede a revitalização completa da Apinagés", disse Marquinho. Veja as fotos abaixo:














O Vereador Marquinho encerrou a caminhada do período da tarde convidando todos os moradores da travessa Apinagés para participarem da reunião da próxima quinta-feira, dia 1º. O objetivo da reunião é para esclarecer sobre a emenda de autoria do vereador, que pede a drenagem e pavimentação da travessa Apinagés. A noite a caminhada continuou, veja as fotos:






Marquinho encerrou a caminhada afirmando estar muito feliz e orgulhoso pela demonstração de luta da comunidade. "Vocês, moradores da travessa Apinagés, estão de parabéns. Mostraram que os interesses privados não podem passar por cima dos interesses coletivos. Foi uma grande demonstração de força e organização popular. Coloco o meu mandato à disposição de todos e todas. Viva a luta popular! Viva a democracia!", congratulou o vereador.

Moradores da Apinagés saem vitoriosos e travessa volta com seu nome original

Vereador conversa com moradores da Apinagés após aprovação do projeto
Hoje, 29, foi aprovado o projeto que trouxe de volta o nome da travessa Apinagés. O retorno do nome original foi comemorado com entusiasmo pelos moradores que se encontravam na galeria da Câmara Municipal de Belém. Ontem, o Vereador Marquinho apresentou uma Questão de Ordem pedindo a inversão de pauta, solicitando que o projeto fosse votado ainda hoje. A proposta foi aprovada por unanimidade.
Moradores da Apinagés lotam a galeria da Câmara e aguardam a votação
Antes do projeto ser votado, Marquinho demonstrou-se preocupado, pois o número de vereadores que encontrava-se no plenário da CMB, minutos antes da votação, era insuficiente, ou seja, inferior à 24. "Não vamos aceitar que tenha boicote. Peço à todos os vereadores que neste momento estão em seus gabinetes, que desçam ao plenário para votarmos o projeto da travessa Apinagés. A Câmara precisa fazer justiça e corrigir o erro que cometeu", disse o vereador.
Preocupado, Marquinho pede celeridade na votação e convoca vereadores ausentes
Após alguns minutos os vereadores comparecerem à sessão. Os 28 vereadores que estavam presentes no plenário votaram favorável ao retorno do nome travessa Dos Apinagés. O Vereador Marquinho parabenizou seus colegas e afirmou que essa foi uma grande demonstração da força da luta popular. "Isto não foi apenas a troca de um nome de rua. A Câmara, ao recuar da decisão, empodera o povo de Belém. Com a força popular é possível mudar uma realidade, realidade esta que não condiz com a vontade de uma população. Quero parabenizar esta atitude digna de todos os vereadores aqui presentes", falou.
"Essa vitória vai entusiasmar toda a população de Belém", disse o vereador
Ao final, Marquinho fez dois convites aos moradores presentes: o primeiro referia-se à realização de uma audiência pública que será realizada na próxima quinta-feita, dia 1º, para dar esclarecimentos sobre a emenda de sua autoria que prevê a revitalização completa (drenagem e pavimentação) da travessa Apinagés. E o segundo foi convocando os moradores para irem até a Apinagés comemorar, realizando uma grande caminhada na área. "Este dia, 29 de novembro, ficará marcado pra sempre na história de Belém", finalizou o vereador.

João Faustino, o amigo de Serra, é um homem de sorte

João Faustino e Serra: amigos para sempre

João Faustino, suplente de senador de Agripino Maia (RN), membro da executiva nacional do PSDB, secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e subchefe da Casa Civil do então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), pode ter tido sua prisão decretada de forma injusta. É possível. Claro que é possível. Mas também pode ser que ele seja culpado.

Ele foi preso na Operação Sinal Fechado, realizada pelo Ministério Público com apoio da Polícia Militar no Rio Grande do Norte. Ele é mais 13 pessoas.

A acusação contra eles é de que fariam parte de um megaesquema de fraudes envolvendo o Detran e as tais inspeções veiculares. É um esquema filhote do que está sendo investigado na prefeitura de São Paulo (SP) e que envolve o prefeito Kassab.

João Faustino, aliás, mesmo sendo potiguar conhece bem São Paulo. Como já disse acima, quando Serra ocupava o Palácio dos Bandeirantes, Faustino despachava diretamente com ele. Foi subchefe da Casa Civil por dois anos e meio. O titular da pasta era Aloysio Nunes Ferreira, hoje senador tucano.

Consta que, quando Serra saiu candidato, teria sido guindado a responsável pela arrecadação de fundos em outros estados, já que em São Paulo o responsável pela tarefa era um certo Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto.

Também foi investigado pela Polícia Federal por suspeitas de desvios de recursos no Rodoanel.

Mesmo com todos esses ingredientes esse caso não ganhou as manchetes dos portais, dos jornais televisivos e também não vai virar capa daquela tal revista semanal. Nem dos ditos jornalões.

Isso não interessa. Como também não interessam a história do Caso Controlar, nem a das emendas do governo paulista ou a denúncia de esquema na licitação da Linha 5 do Metrô.

O João Faustino não é da base do governo Dilma, não é amigo do Lula, não é petista, comunista ou de esquerda.

João Faustino é tucano, suplente de senador do DEM, amigo de Serra, Aloysio Nunes e FHC.

E ainda deve ter muitos amigos empresários. Os tais corruptores que nunca aparecem em denúncia nenhuma.

Convenhamos, João Faustino tem salvaguardas.

É o que podemos chamar de um homem de sorte. Se seu partido fosse outro, o Brasil inteiro já saberia detalhes de sua vida. E seu rosto seria o novo símbolo da corrupção nacional.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Em 14 páginas, "New Yorker" chama Dilma de "a ungida", elogia o Brasil e tenta explicar o crescimento econômico

Mauricio Stycer
Em São Paulo
  • Reprodução das duas primeiras páginas da matéria da New Yorker sobre a presidente Dilma
    Reprodução das duas primeiras páginas da matéria da "New Yorker" sobre a presidente Dilma
Em reportagem que ocupa 14 páginas da edição que chegou nesta segunda-feira às bancas, a revista norte-americana “New Yorker” chama a presidente Dilma Rousseff de “a ungida”, descreve o Brasil como “caoticamente democrático”, espanta-se com o crescimento do país e critica o ex-presidente Lula por não dar créditos à política econômica de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.
O texto, assinado por Nicholas Lemann, é um dos principais destaques da edição, que circula com data de capa de 5 de dezembro. “O Brasil funciona de maneira que nós (americanos e europeus) fomos condicionados a pensar que são incompatíveis com uma sociedade livre bem-sucedida”, escreve ele.
  • Chris Ratcliffe/Efe
    A presidente Dilma Rousseff encontra a chanceler alemã Angela Merkel na cúpula do G20 na França
Lemman cita a corrupção, as taxas de criminalidade, a educação de má qualidade, as estradas ruins e os portos que mal funcionam, para observar que, apesar dos problemas,  “o país alcançou uma rara trifeta (modalidade de aposta em que o apostador acerta, no mesmo páreo, os três primeiros cavalos, pela ordem de chegada): alto crescimento econômico (diferentemente de Estados Unidos e Europa), liberdade política (diferentemente da China) e desigualdade em baixa (diferentemente de quase todos os lugares). Como isso está acontecendo?”.
O título da reportagem (“A ungida”) é explicado pelo papel do ex-presidente Lula em sua eleição. “Ela é presidente hoje graças à decisão de Lula de fazê-la presidente”, escreve. “Ela venceu a eleição por causa do enorme apoio obtido em partes do Brasil onde Lula é quase um Deus – os pobres, principalmente, do Nordeste afro-brasileiro.”
Lemman encontrou-se com Dilma, Lula e FHC, além de diversas outras fontes que cita ao longo do texto. A presidente parece muito “professoral” para o repórter. “Quando ela fala, ela parece dar aulas, gesticulando com as mãos e olhando ao redor para ter certeza de que o que ela fala está sendo ouvido.”
Ao descrever Lula, sublinha o estilo do ex-presidente, que serviu café pessoalmente ao repórter, sentou-se ao seu lado e o tratou como se o conhecesse desde sempre.
Já ao falar do entusiasmo do governador Sergio Cabral por Dilma e Lula, Lemman é irônico e anota: “Cabral fala inglês de forma entusiasmada, embora nem sempre correta”.
A reportagem da “New Yorker” cita várias vezes o passado de ex-militante de esquerda de Dilma. Observa que ela não gosta de falar do assunto, embora não o renegue. Conta que a presidente foi torturada e reproduz trechos de um depoimento que ela deu à “Folha” em 2003, no qual descreve uma operação de que participou, de transporte de armas.
O texto também fala da vida pessoal da presidente e afirma que Dilma se separou de seu ex-marido Carlos Araujo, pai de sua filha, Paula, em 1994, depois que “soube que ele teve uma criança com outra mulher”. Mas acrescenta: “Hoje eles têm uma relação cordial”.
Ao comparar a presidente com o seu mentor, Lemman escreve: “Lula não prestava atenção nos detalhes; Dilma sabe os detalhes de tudo”. Observa, ainda, em inglês: “He was all politics; she is all policy” (uma frase intraduzível em português, cujo sentido seria algo como “Lula é um animal político; Dilma só se interessa pelas políticas”).
Lemman elogia a presidente por ter começado “se distanciar das iniciativas de política externa mais exóticas de Lula” e, depois de conversar com FHC, “reabilitado” por Dilma, reproduz uma opinião curiosa do ex-presidente a respeito da demissão de ministros de seu governo. “Lula advertiu Dilma a não ir tão rápido. Realisticamente, talvez ele esteja certo”.
Fonte: UOL

Marquinho consegue inversão de pauta e retorno do nome 'Apinagés' acontecerá amanhã

Hoje, 28, foi aprovada por unanimidade na Câmara Municipal de Belém, o requerimento (Questão de ordem) para inversão de pauta proposta pelo Vereador Marquinho, para que o projeto assinado por todos os vereadores devolvendo o nome da Travessa Apinagés seja incluido na pauta e votado amanhã, 29.

Parabéns ao povo da Travessa Apinagés e de toda Belém!!!

Na luta popular sempre!!!!!

Da tribuna da Câmara, Marquinho volta a cobrar soluções para a saúde de Belém


Hoje o Vereador Marquinho criticou mais uma vez a forma como a Prefeitura de Belém está gerindo a saúde do município. Para ser mais exato, na opinião do vereador, não está existindo gestão capaz de mudar o atual quadro caótico em que se encontram as unidades de saúde e os prontos socorros da capital. Marquinho contou à todos os presentes no plenário da CMB, que realizou uma visita surpresa no PSM da 14 no último dia 23 (quarta-feira), e encontrou o hospital sem médicos e em situação de calamidade pública. "No decorrer da visita encontrei com a secretária Sylvia Santos, que estava em reunião com o diretor do hospital. Segundo este, ele havia acabado de ser exonerado, mas a secretária voltou atrás após ler a notícia publicada no meu blog", disse o vereador.

Em conversa amistosa com a titular da pasta da saúde, o Vereador Marquinho perguntou sobre o recurso de um milhão de reais da Casa AD, pois a unidade de tratamento à viciados em álcool e outros tipos de drogas encontra-se em situação precária. Segundo a secretária, o recurso já foi aplicado. Marquinho afirmou que vai cobrar a destinação desses recursos. "Na próxima convocação marcada para a próxima quinta-feira, 1º, vou querer saber da secretária pra onde esse dinheiro foi, pois estive recentemente na Casa AD e constatei que a unidade está insalubre, inclusive com a suspensão de alguns serviços por falta de condições", disse o vereador.

O Vereador Marquinho fez questão de lembrar ao Presidente da Câmara, Raimundo Castro, que foi protocolado requerimento solicitando a punição da secretária de saúde, por crime de responsabilidade, previsto no artigo 50 da Constituição Federal. No último dia 21 a titular não compareceu à CMB, alegando estar em Manaus, participando de um curso. A secretária enviou documento justificando sua ausência duas horas antes da sessão. "Enquanto os contratos com as cooperativas venciam e os hospitais ficavam sem médicos, a secretária estava viajando. Isso é uma irresponsabilidade sem tamanho. Espero que a Câmara tome as providências cabíveis", cobrou o vereador.

Para o Vereador Marquinho, a saúde de Belém está sem gestão. Ele afirma que não adianta trocar de secretária(o), pois, enquanto os recursos não forem administrados e aplicados corretamente, a realidade continuará sendo esta: de calamidade. "Olha só a que ponto chegou. A justiça teve que intervir para a Prefeitura pagar os médicos. A UTI pediátrica do PSM da 14 é uma vergonha total. Os servidores tiveram que colocar uma chapa de zinco no banheiro do térreo, pois quando puxam a descarga do banheiro do primeiro andar, vaza excrementos. E a Prefeitura não faz nada pra ajeitar essa situação", denunciou o vereador.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Vereador realiza audiência pública para discutir projetos da orla de Belém

Moradores lotam salão paroquial da igreja para encontrar soluções
Ontem, 24, o Vereador Marquinho realizou uma grande audiência pública na Paróquia São Judas Tadeu, no bairro da Condor. O salão paroquial da igreja ficou lotado de moradores e trabalhadores que serão atingidos pelas obras do Portal da Amazônia, Bacia da Estrada Nova e Projeto Orla. A reunião teve como objetivo principal debater soluções para os problemas que vem tirando o sono de muitas pessoas, e dar um basta nas retaliações ocasionadas pela Prefeitura de Belém. Participaram do evento: José Furtado, da Secretaria de Economia; Eduardo Melo e Paulo de Tássio, da Secretaria de Urbanismo; e Cinthya Linhares, do Programa de Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova – Promabem. A Secretaria de Saneamento, mais uma vez, não enviou representante.

Vereador abre audiência e critica ausência da Sesan
O Vereador Marquinho abriu a audiência afirmando que é favorável ao projeto, mas a Prefeitura deve apresentá-lo à população. Marquinho também disse que, acima de tudo, a obra tem que beneficiar a vida dos moradores que lá se encontram há mais de 20, 30 anos. “Dei entrada em diversas emendas que vão beneficiar os moradores desses bairros, como a revitalização da Feira do Complexo do Jurunas, da Feira do Porto da Palha, do Porto do Açaí e da Praça Princesa Izabel, além da construção da Praça da Juventude. Não é aceitável esse tipo de tratamento que a Prefeitura está dando aos moradores”, disse.

O Diretor da Assessoria Técnica da Seurb, Eduardo Melo, garantiu que não há falta de recursos para os obras, pois ela está sendo executada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em contrapartida com a Prefeitura. Melo afirmou que a obra é um projeto ambicioso, pois vai do Mangal das Garças até a Mundurucus. O diretor disse que apesar das limitações, a obra ficará pronta em dezembro do ano que vem. Em seguida o técnico falou sobre as etapas em que se encontra o projeto, e quais serão os próximos passos, garantindo que as obras do perímetro da Travessa Quintino Bacaiúva com a Fernando Guilhon iniciarão na próxima segunda-feira, 28.

Seurb afirma que não pode "supervalorizar" as casas das famílias remanejadas
Os moradores tiveram a oportunidade de fazer perguntas aos representantes da Prefeitura e expor as dificuldades que estão passando em decorrência das obras. Nazaré Barbosa informou que técnicos da Sesan estão indo nas casas dos moradores pela quarta vez, de manhã bem cedo, para tirar novas medidas. “Primeiro falaram que seriam 10 metros. Depois passaram pra 20. Mais tarde disseram 30. E agora estão falando que a obra vai atingir 45 metros, ou seja, nem eles sabem quantos metros serão retirados. Enquanto isso a gente fica noites sem dormir preocupados com as nossas casas, nossas famílias”, desabafou a moradora.

Representante da Secon não soube dizer como ficará a situação das feiras
A Presidente da Associação dos Moradores da Radional II, Joana D’arc, disse que a comunidade não agüenta mais as conseqüências da obra e que a situação está ficando cada vez mais difícil. “A obra existe há mais de dois anos e ainda não conhecemos nada do projeto, ninguém nos fala nada, isso é inadmissível. A ponte principal da Radional II foi destruída e colocada em outro local, o que prejudicou a nossa comunidade. Precisamos saber o que será das nossas vidas, quando essas obras vão acabar”, argumentou a líder comunitária.

Félix, Presidente da Associação dos Feirantes do Porto da Palha, pediu esclarecimentos sobre a situação dos feirantes. Segundo o trabalhador, a Secretaria de Economia nunca sabe responder às questões relacionadas à feira, e “passa o abacaxi” pra Sesan (que não compareceu à audiência). “Temos que saber as reais conseqüências da obra para os feirantes, pois é dali que retiramos o sustento das nossas famílias. Vamos ser remanejados? Pra onde? O diretor geral da Secon deveria estar aqui, em respeito aos trabalhadores e à Câmara Municipal de Belém”, disse.
"Vocês estão destruindo nossos sonhos", diz morador à representantes da prefeitura
Damião questionou os baixíssimos valores indenizatórios pagos pela Prefeitura de Belém às famílias que estão deixando suas casas em decorrência das obras. “Melo (Diretor da Seurb), o que você faria com cinco mil reais? Você conseguiria comprar uma casa? Se você conseguir, por favor me avise onde consigo comprar. A Prefeitura está sabotando a nossa dignidade. É evidente que ninguém consegue adquirir uma casa com esses valores que a Prefeitura nos oferece. Esse cálculo do valor de indenização tem que ser revisto”, questionou o morador.

Segundo o diretor da Seurb, a Prefeitura não pode supervalorizar os imóveis porque a Caixa Econômica Federal realiza uma avaliação logo em seguida, e caso o valor oferecido pela Prefeitura não esteja dentro da margem, o processo é indeferido. Este argumento não convenceu o Vereador Marquinho. “Essa é a explicação técnica junto à Caixa, mas as pessoas estão sendo penalizadas. A Prefeitura tem a obrigação de cuidar das pessoas, do bem estar, e não causar danos à vida do cidadão. Se com dez mil reais a gente não consegue comprar uma casa, imagina com três, quatro mil. Isto precisa ser revisto urgentemente!”, indagou o vereador.
"Temos que nos unir e lutar contra essa opressão", falou a moradora
Cinthya Linhares, do Programa de Macrodrenagem da Bacia da Estrada Nova, tentou justificar a ausência do projeto, dizendo que este não foi apresentado porquê não foi solicitado no ofício encaminhado às Secretarias pelo mandato. “Se vocês estão sendo convidados a participar de uma audiência pública onde serão debatidas as conseqüências dessas obras para a sociedade, no mínimo vocês deveriam trazer o projeto para esclarecer esses questionamentos. Esta é a sexta audiência que realizamos com o mesmo objetivo, e o projeto nunca foi apresentado, o que é uma falta de respeito”, argumentou o Vereador Marquinho.
Marquinho encerra audiência e diz que não vai sossegar enquanto o projeto não for apresentado
Ao final da audiência, Marquinho afirmou que a ausência da Sesan o deixou frustrado, pois, mais uma vez, o projeto das obras não foi apresentado à população. “Eu repudio a atitude da Sesan! A maioria das perguntas ficarão sem respostas pois competem à Secretaria de Saneamento. Hoje pela manhã ainda ligaram para o gabinete confirmando presença. A Prefeitura tem que colocar transparência no processo. Não pode a Sesan culpar a Secon e vice-versa. O projeto está varrendo esses bairros, expulsando os moradores, sem levar em consideração a vida das pessoas. Que projeto mirabolante é esse cria seis novas pistas pra veículos? Isso é desnecessário! Estou frustrado, mas não desanimado. Vamos continuar lutando!”, disse.

O Vereador Marquinho colocou o seu mandato à disposição dos moradores e disse que, caso a Sesan falte à próxima audiência, ele entrará na justiça com uma ação civil pública solicitando a suspensão das obras. “O nosso mandato é um instrumento do povo. Na próxima audiência eu mesmo vou entregar o ofício nas mãos dos secretários, e a audiência só vai acontecer se eles comparecerem com o projeto nas mãos”, finalizou.

Ao final da audiência foi formada uma comissão dos moradores com o objetivo de realizar reuniões e mobilizar a comunidade para as próprias ações. 

PT repudia nova manifestação homofóbica de Bolsonaro


NOTA
O Partido dos Trabalhadores repudia com veemência a nova manifestação preconceituosa, discriminatória e homofóbica do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), desta vez proferida na Tribuna da Câmara dos Deputados, onde atacou os programas federais contra a homofobia e agiu com total desrespeito à pessoa da presidenta Dilma Rousseff.
O PT reafirma com orgulho suas bandeiras históricas contra qualquer tipo de discriminação e preconceito. Esta deve ser uma luta permanente de toda a sociedade que se queira democrática, tolerante e que respeite as diferenças, como, aliás, é da tradição cultural brasileira.
O PT pediu ao líder de sua bancada na Câmara, deputado Paulo Teixeira, que represente contra Jair Bolsonaro na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa, a fim de que responda por seu comportamento reiteradamente homofóbico e não condizente com a dignidade e a responsabilidade que se espera dos homens públicos.
Rui Falcão
Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores
São Paulo, 24 de novembro de 2011

Covarde e truculento

Independente dos recuos posteriores às truculentas declarações que costuma dar, já é hora da Mesa da Câmara Federal, bem como o Conselho de Ética daquela casa de Leis, enquadrarem o deputado pepista Jair Bolsonaro por repetidas ações de quebra do decoro parlamentar. Mais do que a truculência de um boçal que não se acostumou ao convívio democrático, há sempre o desafio às normas vigentes como se para ele isto não tivesse importância, pois sua nostalgia em relação as trevas fala mais alto.
Não há lei alguma que o obrigue a silenciar sobre aquilo que defende, no entanto, há toda uma legislação, fruto da árdua luta do povo brasileiro para que retornássemos á normalidade democrática, que o obrigam a respeitar todos aqueles que ele julga indesejáveis e que são detentores dos mesmos direitos que ele perante a nossa Lei Maior. Se ele não entende por bem que seja instado a entender por mal, afinal, a qualquer fora da lei deve ser dado o mesmo tratamento duro no enquadramento às normas vigentes, independente do status social dele. Aguardemos as providências que a Câmara Federal tomará dessa vez.

Brasil e os Fundos de Pensão


Nos próximos anos, os fundos de pensão e fundos de investimento em geral serão o grande motor do desenvolvimento brasileiro.
Há uma revolução em curso, ainda não percebida.
À medida que as taxas de juros da Selic começam a cair e a dívida pública a reduzir – como proporção do PIB – parte substantiva dos recursos dos fundos de investimento migrarão para a atividade real, inclusive para poder fazer frente às metas atuariais – isto é, aos compromissos futuros com seus associados.
Há seis meses praticamente não há mais inversões da Funcef – o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) – em títulos públicos. Parte se deve à redução relativa da dívida. Parte a uma política competente da Secretaria do Tesouro, de troca do perfil da dívida brasileira, esticando os prazos e reduzindo o risco Brasil.
A Funcef tem um patrimônio de R$ 500 bilhões, dos quais R$ 90 bilhões vencerão nos próximos quatro anos e não serão reaplicados na renda fixa. Somados à arrecadação nova, é uma quantia formidável, atrás de novos perfis de investimento.
Essa mudança do perfil dos fundos começou em 2004. Na época, a Funcef tinha uma carteira de R$ 9 bilhões/ano, dos quais 50% aplicados na Selic. O indexador que acompanhava, para fixar suas metas, era a Selic.
Hoje a carteira está em R$ 50 bilhões/ano e a Selic responde por apenas 9% dela. O indexador a ser seguido é a inflação, saindo da armadilha da Selic.
Essa perspectiva tem virado a cabeça dos fundos de pensão e de investimento. Finalmente, começa-se a entrar no mercado de renda variável, rasgando o manual fácil que seguiram nas últimas décadas, de acompanhar apenas a taxa Selic.
A mitigação de risco exige diversificação de investimentos. Por exemplo, quando as taxas de juros caem há uma tendência natural de valorização dos ativos reais – e vice-versa.
Essa diversificação passará por vários mercados:
1. Renda variável líquida, ou mercado de ações.
2. Renda variável de longo prazo, privete equity, investimentos em empresas não listadas em bolsa.
3. Risco de crédito privado, com as novas ferramentas de captação.
4. Imóveis
Recentemente, a Funcef investiu em títulos de dívida de um porto de Santa Catarina, através de um project finance (um projeto financeiro prevendo faturamento, retorno etc.). O porto foi financiado sem um tostão do BNDES.
Outra mudança relevante é a associação com fundos estrangeiros, mas seguindo os regulamentos nacionais.
A partir do episódio Opportunity, os fundos de pensão brasileiro pressionaram por mudanças na legislação, criando a figura do comitê de investimento fiscalizando e criticando decisões de gestores.
Antes, aqui como fora, o gestor tinha plena liberdade para operar. Era a maneira encontrada por grandes fundos e grandes bancos norte-americanos para atuar fora dos limites da legalidade – em paraísos fiscais, em operações pouco ortodoxas – sem ter envolvimento direto, na esbórnia que caracterizou o mercado internacional nas últimas décadas.
Luís Nassif