segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A dança das cadeiras

PT: 86 deputados;
PMDB: 80
PSD: 54
PSDB: 52.
Essas passaram a ser as maiores bancadas com assento na Câmara Federal. Como se vê, o PSDB que era a terceira maior bancada perdeu o posto para o PSD de Gilberto Kassab, enquanto o DEM conta com a colaboração do governista PMDB para não perder regalias que tinha na indicação de assessores, por ter conseguido eleger a quarta maior bancada, mas que agora definhou e caminha para a desintegração.
Em tese, levando-se em conta o adesismo pessedista, poder-se-ia concluir apressadamente que o governo conta com mais de 300 parlamentares em sua base de apoio, pois, somando os 220 acima aos integrantes de partidos como PSB, PDT, PCdoB, PP, entre outros, no entanto, como Dilma luta desesperadamente contra a política do toma lá da cá, frequentemente enfrenta rebeliões daqueles cuja postura governista está sempre condicionada a cargos ou emendas parlamentares.
É isso que explica a dificuldade de se aprovar uma reforma política que combata o caixa 2 nas campanhas eleitorais; uma reforma tributária que obrigue os ricos a pagar impostos de acordo com o que ganham; o fim do monopólio midiático; leis mais duras no combate à corrupção, entre tantas medidas ansiosamente aguardadas pelo povo brasileiro.
Talvez seja hora de se tentar achar o foco correto que mobilize nossa população e tire a limpo quem quer de fato nos fazer avançar institucionalmente. É certo que muitos dos que se escondem atrás dos poucos manifestantes que estão indo às ruas sumiriam, porém, mais certo é que isto seria compensado com a presença de milhares de cidadãos e cidadãs ávidos pela concretização dessas mudanças.

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