segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

País melhora: cai o número de horas trabalhadas

A maior parcela da população brasileira possui uma jornada semanal que varia entre 40 horas e 44 horas

Conforme o órgão de pesquisa, quantidade de trabalhadores com mais de 45 horas de jornada recuou pela metade

O brasileiro passa cada vez menos tempo no trabalho. Dados do Censo 2010 revelam que o porcentual das pessoas que trabalham mais de 45 horas por semana caiu quase que pela metade em uma década. Em 2000, 44% dos trabalhadores do País passavam mais tempo que isso no serviço, número que baixou para 28% em 2010. Isso significa que, em números absolutos, cinco milhões de pessoas deixaram de trabalhar mais de 9 horas por dia.

O número impressiona ainda mais quando se leva em conta que mais de 20 milhões de brasileiros - o equivalente à toda população da Grande São Paulo - ingressaram no mercado de trabalho nos últimos dez anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao mesmo tempo, cresceu a proporção de pessoas que trabalham menos de 14 horas por semana - o salto foi de 3% para 8,3% do total da população economicamente ativa (PEA), ganho de 5 milhões de trabalhadores. A maior parcela da população tem jornada semanal que varia entre 40 horas e 44 horas.

Formalização

A redução da jornada de trabalho nos últimos anos está diretamente ligada ao aumento real no salário do brasileiro - hoje, ganha-se mais por hora trabalhada que em 2000 - e também à formalização do mercado de trabalho. A porcentagem de trabalhadores com carteira assinada pulou de 36% para 44% entre 2000 e 2010, na contramão, os funcionários sem carteira de trabalho caíram de 24% para 18%.

No Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal, os trabalhadores com carteira assinada já são maioria da população. Mas alguns Estados ainda mantém um baixo contingente de profissionais com carteira de trabalho. Um exemplo é o Maranhão, onde apenas 20,8% são registrados.

Mulheres

O mercado de trabalho mais feminino, também colaborou para reduzir a jornada. A diferença da participação entre homens e mulheres em postos de trabalho caiu de 20 pontos porcentuais para apenas seis em dez anos. No Piauí, Paraíba e Ceará, a mão de obra feminina já supera o contingente a masculino.

Idosos

A quantidade de pessoas com mais de 60 anos que está no mercado de trabalho aumentou 65% desde 2000. O número pulou de 3,3 milhões para 5,4 milhões em 2010.
(Os Amigos do Presidente Lula)

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