Apesar de ser vereador, até agora só tomei ciência da chegada de mensagens do prefeito à Câmara Municipal de Belém através da imprensa. Mesmo assim, acho estranho que Duciomar Costa, a seis meses de ter seu segundo mandato expirado, não desencarne da cadeira e tome atitudes que dão mostras da sua pretensão de pairar como um fantasma sobre a cabeça do seu sucessor.
Claro que não estou esquecendo do fato de ser a administração pública caracterizada pela impessoalidade, vale dizer, aquilo que é humanamente impossível concluir em uma gestão tem legalmente a garantia de sua continuidade até à conclusão, independente de quem esteja ocupando o cargo. Nem por isso deixa de soar como interferência indevida, a essa altura de seu mandato, Duciomar tomar medidas de médio e longo prazos antes mesmo de saber quem será seu sucessor e como será a transição de uma gestão à outra, ação corriqueira em um regime democrático que, espera-se, ele respeite.
Empréstimos de R$300 milhões sob tramitação subterrânea, transformação da CTBel em autarquia e, ato contínuo, a possibilidade de nomeação de seu presidente para um mandato de cinco anos, sem que o próximo prefeito possa exonerá-lo, são medidas estranhas que em nada contribuem para fazer com que, ao menos no seu final, o mandato do atual alcaide deixe de causar controvérsias inúteis e insensatas.
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