domingo, 11 de dezembro de 2011

O dia seguinte

Apesar de eleitor declarado do "não", estou fora daquele círculo que estigmatizou a campanha do "sim" como mero oportunismo de quem maquinou para beneficiar seu carreirismo político. Penso que há oportunismo de ambos os lados, isto é, pudemos notar que havia mais gente com um olho no padre e outro na missa, ou na próxima eleição, nos dois lados.
E assim como há oportunismo há, também, sinceridade dos dois lados. Arriscaria até dizer que a sinceridade é o sentimento predominante, apesar da divergência. Quem quer separar-se, por exemplo, age movido pela desesperança de ver sua região ser tratada em pé de igualdade com outras, daí apostar em outra alternativa. É a última cartada de quem nasceu sob o signo da discriminação e vive sem a perspectiva de mudança a curto prazo dessa situação.
Eu, ao contrário, ainda acredito que poderemos ter um modelo de desenvolvimento que olhe não só para todas as regiões, mas leve também em consideração a justiça social e, ao promover o desenvolvimento igualitário das diversas regiões, promova igualmente condições em que todos os cidadãos e cidadãs sejam beneficiários desse desenvolvimento.
Penso que a experiência do governo Ana Julia, em parceria com o gov. Lula, apontaram nessa direção. Obras como a conclusão das eclusas da Hidrelétrica de Tucuruí, a reta final nas obras da BR-163, da Transamazônica, a Alpa, a ampliação do Porto de Santarém são obras estruturantes e integradoras do conjunto do nosso território e condições essenciais para nos dar outra perspectiva de desenvolvimento.
É disso que se trata. Amanhá não será o primeiro dia após o final de um processo, mas o primeiro dia de uma nova era que, espera-se, seja de reflexão e mudança de atitudes por parte de todos os paraenses. Principalmente aqueles que tem a responsabilidade de governar e a obrigação de ter o mesmo olhar para todas as direções.

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