A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu (PA)
vai trazer menos impactos ambientais do que a utilização de alternativas com
energias fósseis e os custos serão menores do que outras fontes renováveis.
A conclusão está no estudo Análise Comparativa entre Belo Monte e Empreendimentos
Alternativos: Impactos Ambientais e Competitividade Econômica, elaborado pelo
Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Na análise, os professores Nivalde José de Castro, André Luis da Silva Leite e
Guilherme Dantas avaliam quais seriam as fontes alternativas a Belo Monte para
o atendimento da demanda crescente por energia e os impactos ambientais
dessas fontes. Segundo eles, caso Belo Monte não viesse a ser construída, seria necessária
a implementação de fontes alternativas que suprissem a demanda, que teriam impactos
ambientais maiores ou que não teriam consistência suficiente, em termos de segurança
energética, para atender ao crescimento da necessidade por energia elétrica projetada para
os próximos anos no Brasil.
“Belo Monte é uma obra eficiente, que tem que ser feita. O Brasil precisa de energia e qualquer
nova unidade geradora de energia causa impacto ambiental, e temos que analisar o
custo-benefício em relação às outras fontes de energia. Nesse estudo fica claro que a
hidrelétrica é a que apresenta o melhor custo-benefício em relação às outras fontes”, disse Castro.
Os estudiosos apontam que o Brasil tem um grande potencial de fontes alternativas
e renováveis de energia elétrica: eólica, biomassa e solar, mas a prioridade a essas
fontes implicaria perda de competitividade da economia brasileira, em função do
diferencial de custos em relação à hidreletricidade. Também poderia haver problemas de
garantia e segurança de suprimento em razão da sazonalidade e da intermitência dessas
fontes alternativas.
“Desta forma, em um cenário em que não fosse construída a usina de Belo Monte,
a construção de usinas termoelétricas seria obrigatória de forma a manter o equilíbrio
e segurança entre a carga e a oferta de energia. A questão que se coloca é quais
seriam os impactos ambientais das alternativas fósseis e a comparação deles com
os impactos ambientais de Belo Monte”, avalia o estudo.
A análise aponta também que os custos de mitigação dos impactos sócioambientais
da Usina de Belo Monte são de cerca de R$ 3,3 bilhões, o que é inferior ao custo ambiental
que uma térmica a gás natural ocasionaria, que seria de mais de R$ 24 bilhões. “Ou seja,
a opção térmica possui um impacto ambiental quase oito vezes maior que o custo de
mitigação ambiental de Belo Monte”.
Belo Monte é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
e deve ser concluída até 2015. Com potência instalada de 11,2 mil megawatts, será a
maior hidrelétrica totalmente brasileira (Itaipu, que tem 14 mil megawatts de potência,
é binacional) e a terceira maior do mundo. (Agência Brasil)
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