Quando se pensava que a exposição dos riscos de incêndio que corre o Arquivo Público do Estado do Pará servisse para uma providencial ação da SECULT, no sentido de preservar aquele acervo, eis que o secretário Paulo Chaves entra na contramão da via da sensatez e investe, furibundo, contra quem julga ser responsável pela exposição, como se esta fosse o crime desse episódio, enquanto o risco da perda de parte importantíssima de nossa memória significasse mero detalhe.
Com efeito, as medidas tomadas pelo titular da SECULT, até aqui, resumem-se à instalação de um regime de terror, iniciado com a nomeação de uma interventora/jagunça, antes mesmo que fosse exonerado o Diretor. Ato contínuo, a fiel aplicadora do receituário inquisitorial mandou recolher as fichas de avaliação de estágio probatório dos funcionários que prestaram o último concurso público à secretaria, mandando rebaixar arbitrariamente a nota anteriormente atribuida aos "culpados". Não é demais ressaltar que a truculência partiu de quem não acompanhou o desempenho dos servidores atingidos por essa infâmia.
O terror foi mais além e abriu processo administrativo contra a servidora Ethel Valentina, transformada de reconhecidamente competente restauradora que é, em uma colegial sapeca, a responder por "insubordinação", "indiscrição" e "ofensa contra servidor". E, note-se, apesar da hierarquia administrativa, os trabalhos desenvolvidos por Ethel no Arquivo Público eram bancados pela Caixa Econômica e Petrobrás.
O desfecho trágico dessa truculência foi a transferência de Ethel para outra unidade, logo, suspensão da execução dos referidos projetos. Seguida do pedido de exoneração por quem não se submeteu a respirar o ar contaminado pela truculência.
Mas os riscos de incêndio e perda do total do acervo do Arquivo permanecem, agora mais presentes do que nunca, pois até as vozes que podiam dar o alarme contra esse risco iminente foram silenciadas, triunfando a "ofensa" ao bom senso, à memória paraense, à civilidade e à sociedade. Preocupante!
Esse sujeito é um desequilibrado, do alto da sua prepotência não admite ser questionado e persegue todos que ousam contrapo-lo.
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