terça-feira, 31 de julho de 2012

MST promove campanha a candidatos alertando ao uso de agrotóxicos

Com o intuito de mostrar os males dos agrotóxicos e garantir força para a campanha contra o uso desses produtos, o Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou uma carta na qual pede aos candidatos a prefeito e a vereador de todo o Brasil que se comprometam a alertar sobre o uso e a proibição legal dos venenos.
O documento pede aos candidatos que se comprometam com três temas: que, caso sejam eleitos, lutem para estabelecer uma legislação proibindo o uso dos agrotóxicos em seu município; a proibição da pulverização aérea e a construção de políticas públicas de incentivo à agroecologia.
“A carta serve como um diálogo com os candidatos, para que eles conheçam o problema dos agrotóxicos e as alternativas de produção, como o modelo agroecológico”, afirma Nívea Regina da Silva, da direção nacional do MST. O texto será distribuída para candidatos nos 16 estados do país nos quais a campanha é organizada.
"Para preservar os bens naturais do município e garantir a soberania alimentar dos seus habitantes é necessária a adoção de políticas públicas com ações que apontem para  o enfrentamento ao uso abusivo de agrotóxicos – bem como o empreendimento de ações que contribuam no processo de transição para a agroecologia, que se baseia na produção de alimentos sem venenos e em convívio com o meio ambiente. Tais políticas devem ter objetivos claros e metas específicas de curto, médio e longo prazos", diz a carta.

Segundo o MST, desde 2008 o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxico em seu sistema de produção agrícola, consumindo cerca de 20% do total dos produtos utilizados em todo o mundo. O consumo, ainda de acordo com o movimento, é de 5 litros por habitante ao ano, incluindo substâncias já proibidas em vários outros países devido a efeitos danosos ao ambiente e à saúde da população.

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