domingo, 11 de novembro de 2012

A sociedade tem que ser consultada

Se o futuro prefeito de Belém é "francamente favorável ao cancelamento da licitação" de R$823,1 milhões para a exploração do lixão do Aurá, então a Câmara Municipal de Belém deve realizar Audiência Pública para debater o tema, de preferência, convidando o futuro prefeito a se fazer presente ao debate.
Além da suspeita de favorecimento à uma empresa ligada ao prefeito, o contrato que o quase ex-prefeito está tentando deixar de herança a seu sucessor embute um acintoso desrespeito ao que deliberou a Câmara Municipal quando votou a Lei dos Resíduos Sólidos. Naquela ocasião, o direito da cooperativa de catadores do Aurá foram preservados, dado seu imenso alcance social, pois de lá dezenas de famílias tiram seu sustento.
Com essa malsinada licitação, na prática, o lixão será fechado e um processo industrial será posto em prática, sem a garantia do reaproveitamento do material reciclável. Enfim, caberá à empresa vencedora da licitação o livre arbítrio da destinação dos resíduos sólidos. Portanto, é hora de retomar o debate a respeito desse tema e se discuta seriamente todos os aspectos do problema que essa licitação suspeita truxe.

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