quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A pedido de Odair, leitura é adiada para quarta-feira

247 – A sessão que deve dar início à leitura do relatório da CPI do Cachoeira, iniciada por volta de 11 horas desta quinta-feira, tem todos os canhões apontados para o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). Eles vêm principalmente da oposição, mas também do chamado grupo de independentes, como o senador Pedro Taques (PDT-MT), crítico feroz do documento, e até da base aliada do governo – ontem, parlamentares do PMDB também bateram no trabalho do petista.

No documento que deve representar a conclusão da maioria da CPI, Odair Cunha propôs o indiciamento de 34 pessoas. Entre elas, o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, a mulher de Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça, e o jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja. No texto, o relator também pede investigações sobre a atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, quanto à Operação Vegas da Polícia Federal. A inclusão dos nomes de Policarpo e Gurgel foi o principal alvo de críticas da oposição e da imprensa.
Para Odair Cunha, cinco jornalistas tiveram envolvimento com a quadrilha chefiada por Cachoeira. Quatro deles são de veículos da imprensa goiana. O quinto é Policarpo Júnior, da sucursal de Brasília da revista Veja, por formação de quadrilha. "Ele (Policarpo) extrapolou o limite da relação entre fonte e jornalista" justificou o deputado após reunião da CPI desta quarta-feira. Em relação a Gurgel, o deputado aponta que ele suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, da Polícia Federal, iniciada em 2009, que apontou os primeiros indícios de ligação do contraventor com parlamentares, como Demóstenes Torres.
"Estamos analisando a conduta específica da operação Vegas. Houve omissão do procurador em relação a esta ação policial. Se ele mostrar à CPI que fez alguma coisa, podemos analisar. Estamos sugerindo que essa conduta especifica dele seja apurada pelo CNPM", justificou o relator. Pressionado pelo próprio partido e por membros da comissão, o relator admitiu na noite desta quarta-feira que há possibilidade de ainda fazer mudanças no texto. Segundo ele, é preciso que haja um consenso da maioria e, por isso, o documento será colocado em votação.
Na CPI, já há um pedido de vista coletiva do relatório, que contém mais de cinco mil páginas, incluindo os anexos. Depois da leitura, abre-se prazo de cinco dias úteis para a análise e posterior votação do texto. Pedro Taques diz que defende um voto paralelo por considerar o documento "inócuo" e incompleto. Segundo ele, o resultado da CPMI no Congresso já pode ser definido como uma "balela". O deputao Miro Teixeira (PDT-RJ) também mencionou ontem que a conclusão dos trabalhos se tornou uma "pizza maior que o forno".
Com Agência Senado

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