No
último domingo uma manifestação no Leblon que reuniu 70 (setenta)
pessoas, foi realizada com a intenção de entregar virtualmente um troféu
chamado “Algemas de Ouro” para os supostamente mais votados de uma
enquete no Facebook que definiria os mais corruptos de 2012.
A enquete foi realizada pelo perfil de
um movimento que se denomina “laico e apartidário” intitulado Movimento
31 de Julho, cujo blog só ataca o “mensalão” do PT, petistas e
principalmente o ex-presidente Lula, e não faz qualquer menção a
escândalos do PSDB como a Privataria tucana, a lista de Furnas ou o
mensalão tucano, que seria o próximo a ser julgado pelo STF, tratado na
página como o Olimpo dos Deuses. Qualquer besta política por mais
alienada saberia distinguir o viés político-partidário do “movimento” já
de cara.
Mesmo não tendo nenhuma condenação,
indiciamento ou investigação em curso o ex-presidente Lula foi incluído
na enquete sectária, que ignorou nomes como José Serra, FHC, Aécio Neves
e outros tucanos sobre os quais pesam gravíssimas denúncias apuradas e
comprovadas de participação direta sem que tenham tido consequências
legais disso, ou seja, a impunidade que eles dizem combater.
Mesmo assim, como no Facebook não dá
para maquiar o resultado da enquete, apurada pelo script da rede social,
o grupo invalidou milhares de votos que foram dados a políticos do PSDB
e DEM, como o ex-senador Demóstenes Torres, flagrado claramente em
relacionamento direto com um conhecido contraventor e praticando
diversos crimes, que tramitam na justiça, fraudando a vontade dos
participantes para eleger Lula o vencedor.
Fingindo que não perceberam o
partidarismo porcamente disfarçado na página do “movimento”, os grandes
jornais trataram a enquete como um instrumento válido de percepção da
sociedade alçando-a a condição de notícia, com repercussão pra lá de
exagerada para uma enquete de 14.000 votos, que passa bem longe das
enquetes mais votadas dessa rede social.
O esforço que a velha mídia faz para
passar relevância a passeatas e protestos de menos de cem pessoas e
enquetes de resultado manipulado em redes sociais são sintomas graves
que evidenciam esse período de estelionato da informação que vivemos
devido à abstinência de poder desses grupos.
Mas como vivemos em outra época e os
meios de comunicação não detém mais o monopólio da informação apesar de
controlar todos os recursos, e hoje é possível investigar onde eles se
abstém voluntariamente, o incansável Stanley Burburinho descobriu
algumas informações importantes sobre o líder do “Movimento” 31 de
Julho, Altamir Tojal, que escreveu para o PSDB do Rio (Aqui e aqui) e tem seus livros apoiados pelo Jornal O Globo (Aqui).
No entanto, o mais grave foi informado
por um jornalista conhecido e renomado que não quis ter seu nome
revelado por nós: Altamir Tojal presta serviços de assessoria de
imprensa para a empresa “Rio Bravo” de Gustavo Franco, ex-presidente do
Banco Central do Brasil no governo FHC, e que tem recentemente atacado
com frequência a política econômica do governo Dilma.
Como se vê, almoço grátis pode até
existir, mas nunca nas hostes tucanas. Confecção de placas, máscaras,
carro de som, em outras épocas foram vassouras… quem paga tudo isso
senão o poder econômico? Rentistas insatisfeitos com selic baixa
misturados com uma elite carcomida sentindo falta do antigo status de
poder dá nisso. A velha mídia é claro, finge que não percebe e faz uma
ginástica impossível para transformar sectários em apartidários. Só que
ficaram nús, como sempre.
(Extraído do Blog Ponto e Contraponto)
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